Via Viva Babel
Eu estava me preparando para
caminhar neste lindo sábado de sol em Poços de Caldas, quando soube. É tão
bonito ver quantas pessoas o amavam. O amavam por causa da pessoa, e só por ser
esta pessoa humana pôde ser amado pela atuação política. Porque o ser humano
vem antes do ser político. Vejam, diz aqui a Tita Dias: “Uma vida inteira
acreditando na humanidade. Uma vida inteira ampliando o sentido da palavra
amor. Valeu pelas opiniões, conselhos, ensinamentos e solidariedade que fizeram
diferença pra valer nos rumos da minha vida. Na vida do país eu não preciso
falar.” Um beijo eterno para Luiz Gushiken. Abaixo vídeo que encontrei em comentário
de Clovis Libanio, na página de Reiko Miura. E um poema que escrevi
quarta-feira.
Um poema para Luiz
Gushiken Noite alta, madrugada de silêncios sem seriemas. As
seriemas não gritam agora, só debaixo do sol. As seriemas não têm medo dos
humanos. E à noite dormem sossegadas. Eu não. Eu vejo a foto sorridente dele,
cercado por amigas que também sorriem e pela mulher Ele está morrendo. Disse
antes, quando podia falar, que não leva mágoas nem rancores Minha amiga conta a
ele que escrevi um texto lido na Fé Bahai, que é a sua trilha: “A luz de uma
lâmpada é boa, seja ela qual for” Eu escrevi: Se existe uma luz, mas não é da
lâmpada à qual nos acostumamos, não vamos apagar. Para nos livrar das trevas, a
luz, qualquer luz. Minha amiga perguntou se ele se lembrava de mim. Ele moveu a
cabeça dizendo sim, e sorriu. Poços de Caldas, 11 de setembro de 2013 2H32m.
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