Aos Mestres, com carinho!

Aos Mestres, com carinho!
Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quarta-feira, 30 de julho de 2014

APOCALIPSE - CANTO IV

Criança palestinas assassinadas por israel


E virão bombas tantas como os grãos de areia
             do planeta.

E mais gente morrerá do que as que morrem
                           de fome
                           no terceiro mundo.

Do alto das nuvens,
             naves negras,
rirão os sete anjos
-     ou sete demônios? –
sete malditos mercenários.

Nossos corpos em combustão...

            

(Itárcio Ferreira)

terça-feira, 29 de julho de 2014

O ESPELHO

Dispersos, caminhávamos de mãos dadas,
outras vezes apenas o olhar nos reunia.

O meu coração era como a mão do guerreiro,
eras tu a minha arma.

O guerreiro ama a sua arma
como um deus à sua criatura.

Eu te moldara dispersa,
por isso amavas o silêncio na sua essência
e nos seus mais vulgares momentos.

Dispersos,
caminhávamos livres, como se fôssemos
o fogo,
eternos como o pássaro fênix.

As tardes e seus tédios
não nos pertenciam,
tal a Via Láctea. 


Um dia paramos
e nos vimos defronte do Espelho
qual o Livro da Verdade.

Hoje as minhas mãos não tocam as tuas.


Oh pesadelo a existência!

(Itárcio Ferreira)

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Revisitando o documentário "Muito Além do Cidadão Kane"

Por Wilson Roberto Vieira Ferreira, Via Cinema Secreto: Cinegnose

Aos 50 anos do golpe militar de 1964 é necessário revisitarmos o documentário “Muito Além do Cidadão Kane” (Beyond Citizen Kane, 1993), dirigido por Simon Hartog para o Channel Four da Inglaterra. A Globo venceu na justiça e o filme foi banido do País, mas acabou assistido e debatido nos meios universitário e acadêmico. Tornou-se um documento fundamental para conhecermos o Brasil e a nossa TV. Ficou famoso internacionalmente pelas suas denúncias sobre as manipulações do telejornalismo da Globo e o favorecimento econômico da emissora de Roberto Marinho desde o início do regime militar. Mas o documentário de Hartog diz mais, que só o olhar de um estrangeiro poderia ver: os detalhes que contribuíram para a Globo formar a primeira rede de TV do país, capaz de criar um conteúdo tão genérico que passou por cima da diversidade cultural e regional brasileira. “A estranha combinação” do entretenimento dominical, a TV em cores e o projeto de modernidade e integração nacional dos militares e o condicionamento da vinheta do plim-plim e da linguagem do globês que alterou a identidade idiomática do brasileiro.

Às vésperas dos 50 anos do golpe militar de 1964, é oportuno fazermos uma revisita ao lendário documentário televisivo britânico Muito Além do Cidadão Kane. Produzido e distribuído pelo canal privado Channel Four em 1993 e dirigido por Simon Hartog, o documentário foca as relações entre a grande mídia e o poder no Brasil e detalha a posição monopolista da rede Globo que cresceu à sombra do regime militar. Analisa a figura do proprietário Roberto Marinho, suas relações políticas com o Estado (aproximando-o do personagem Charles Foster Kane, personagem criado por Orson Welles para o filme Cidadão Kane de 1941) e o poder da emissora em formar e manipular a opinião pública.

A ideia da produção do documentário surgiu quando Hartog visitou o Brasil nos anos 80 e ficou impressionado com o império midiático da Globo, Roberto Marinho e o seu pragmatismo político. Hartog  fazia parte de um grupo de cineastas de esquerda da London Coop. Antes de produzir Muito Além do Cidadão Kane ele já havia realizado Brazil: Cinema, Sex and the Generals  (1985) sobre o papel político das pornochanchadas na época do regime militar. Para os amigos, Hartog confidenciava a surpresa pelos brasileiros até então nunca terem feito um documentário sobre o poder da Globo.

Muito Além do Cidadão Kane ficou famoso nos meios universitários e acadêmicos pelas denúncias de manipulação das notícias (o desprezo pelas “Diretas Já”, a manipulação da edição do debate entre Collor e Lula em 1989 etc.) e por descrever didaticamente as relações simbióticas entre os interesses econômicos da Rede Globo e os políticos da ditadura militar (1964-1985).

Sem falar as batalhas judiciais que envolveram o documentário, começando no Reino Unido que fizeram adiar em um ano o seu lançamento: a Rede Globo contestou a produção do Channel Four devido ao uso de fragmentos da programação da emissora. E o banimento no Brasil com apreensões de cópias no MAM/RJ e no Museu da Imagem e do Som de São Paulo em 1994.

Revisitando Muito Além do Cidadão Kane percebemos que Simon Hartog quis dizer muito mais: seu olhar de um estrangeiro originário do Reino Unido onde a maior emissora (a BBC) possui controle público revela o espanto ao ver um país onde a maior emissora é privada e que não só cresceu fora do controle do Estado como também interferiu em momentos cruciais da história política nacional.

Os fatores determinantes políticos (o acobertamento pelos militares das origens ilegais da emissora com o acordo Globo/Time-Life em 1967 e a liberalidade com que foi tratado os negócios da Globo durante o regime militar), econômicos (a concentração do mercado publicitário na TV) e pessoais (a origem familiar de Roberto Marinho estava no jornalismo) apenas explicam parcialmente o sucesso de uma emissora que entrou na adolescência do mercado televisivo brasileiro e deu-lhe um novo rumo.

As bases imaginárias da construção de uma rede


"Olimpíadas do Faustão" e "Fantástico":
a "estranha combinação no lazer do domingo.
Uma das chaves da construção de uma
rede nacional de TV
Tudo isso seria insuficiente se a grade de programação da emissora (que o documentário dá destaque à grade dominical), a sua linguagem e o chamado “padrão Globo de Qualidade”, não tivessem penetrado tão profundamente no psiquismo do brasileiro. A grade formada pelo trinômio Telejornalismo/Novelas/Futebol e a linguagem televisiva que praticamente recriou a língua portuguesa (“do português ao globês”, como fala o publicitário Washington Olivetto a certa altura no documentário) foram as verdadeiras bases imaginárias que ajudaram a consolidar um inédito sistema de comunicação em rede via satélite.

O que caiu como uma luva no projeto do regime militar de integração nacional através da unificação cultural e a construção de um ideal de modernidade onde a televisão colorida teria um papel-chave.

O documentário de Hartog inicia mostrando os números do monopólio da Rede Globo: números de emissoras afiliadas, alcance no território nacional e concentração das verbas publicitárias. Colocados esses números o documentário inicia a investigação do por que desses números impressionantes.

E não é por acaso que dá destaque ao conteúdo da programação dominical com as “olimpíadas bobocas” do Faustão e o “carro-chefe” do Fantástico em um “domingo típico com uma estranha combinação de elementos” – o mix de notícias policiais sobre estupradores, musicais, Disneyworld e matérias sobre as próprias telenovelas da Globo. Ao mesmo tempo mostra como “a Publicidade era melhor que o País” ao oferecer nos intervalos publicitários produtos e serviços que a maioria dos brasileiros não podiam consumir.

Simon Hartog toca no ponto nevrálgico do sucesso da integração nacional por meio da construção gigantesca rede de televisão: em pleno regime de exceção, AI-5 e censura, a popularização da TV dava às pessoas uma impressão de igualdade, uma aparente socialização integral, sem barreiras e liberdade em pleno espaço privado da sala de jantar. E o domingo com o show de variedades numa “estranha combinação” reforçava essa impressão de variedade e liberdade de oferta de conteúdos.

Maria Rita Kehl no documentário: a repetição do
mito do "self made man" nas novelas da Globo
A TV cumpria a importante função de cimento ideológico do domingo que preparava o espírito para enfrentar a semana que se iniciava – como até hoje. E a oferta publicitária de bens e serviços caros só reforçava a ideologia meritocrática que as telenovelas exibiam em horário nobre (como fala a psicanalista Maria Rita Kehl no documentário “a repetição do mito do self made mando princípio do capitalismo”). Os produtos se oferecem para você na tela da TV. Basta você vencer na vida para comprá-los. Ideologia meritocrática que ocuparia papel central na mentalidade da nova classe média que surgiria com o chamado “Milagre Econômico” do início da década de 1970.

Mas essa ilusão de participação através da TV enfrentava duas grandes dificuldades: uma de natureza técnica e outra cultural.

O efeito comportamental do “plim-plim”


Como o documentário destaca, em 1969 a Embratel acabara de inaugurar o sistema de microondas que permitiria à Globo emitir sinais simultâneos para Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. Eram as condições técnicas que permitiram a Globo lançar o Jornal Nacional, o primeiro telejornal brasileiro em rede. Mas, ao longo do tempo, a emissora enfrentou o problema técnico de sincronização das afiliadas: todas deveriam sair simultaneamente dos intervalos publicitários para a exibição do sinal emitido da matriz no Rio de Janeiro.

A solução técnica foi a famosa vinheta do “plim-plim” para avisar as afiliadas quando haveriam intervalos, e com isso todas estariam sincronizadas. Em 1971 José Bonifácio, o “Boni”, encomendou a vinheta que foi implantada durante o Festival Internacional da Canção. Boni queria um som que pudesse ser ouvido a quadras de distâncias para fazer a família voltar para diante da TV – o documentário relata que os telespectadores “salivavam” ao ouvir o som do “plim-plim” criado pelo austríaco Hans Donner.

Mas ao longo dos anos 1970 publicitários e profissionais de mídia começaram a perceber que a sonora vinheta, tornada ainda mais marcante com a remodelagem de Hans Donner em 1975, estava dificultando a recepção dos intervalos publicitários do horário mais caro da emissora. Simplesmente o sinal transformou-se num comando comportamental para os espectadores se levantarem, irem para qualquer cômodo da casa para retornarem depois do novo “plimplim”.

Sob um regime militar de censura e repressão política, sabendo-se que a TV Globo e Roberto Marinho tinham ótimas relações com os presidentes generais, tal percepção ficou restrita a boca pequena ajudando a manter os altos valores de inserção no horário nobre, vital para o crescimento da rede.
A vinheta do plim-plim nos anos
1970: efeitos comportamentais

O outro fator foi o cultural: a grande extensão territorial do País e diversidade de hábitos, gostos que faziam parte da história da população regional. Como o documentário destaca, ovideotape já havia acabado com as programas ao vivo e a produção local, facilitando a centralização da nova rede. Mas a diversidade cultural brasileira era uma barreira para estabelecer a fusão da identidade nacional com o mercado meritocrático publicitário.

O pesquisador Renato Ortiz dá o exemplo dos estados do tradicionalismo de estados como o Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Por exemplo, o interior gaúcho ainda possuía emissoras locais que se desenvolveram antes da fase da “integração nacional”, mantendo uma cultura tradicionalista que seria uma óbvia barreira de uma programação em rede. A solução foi o “toque” local a partir da construção da figura do “gaúcho”, da “mineiridade” e assim por diante, principalmente por meio dos personagens de telenovelas. As antigas identidades locais (hoje inviáveis em face das transformações sociais e do cosmopolitismo da sociedade de massas) foram como que desmontadas para depois serem reconstruídas por meio da culinária, arquitetura e “tradição” (no sentido museológico do folclore).

Do português ao “globês”


Mas o elemento decisivo da “integração nacional” (identidade nacional + mercado publicitário) foi a criação de uma arquinorma linguística, aquilo que o publicitário Washington Olivetto declara no documentário de que “o brasileiro em certo momento deixou de falar o português para falar o ‘globês’”.

Washington Olivetto: do português ao globês
A linguagem da TV Globo acabou criando uma nova identidade idiomática não tanto por alguma intencionalidade conspiratória, mas pela própria exigência técnica de um sistema de comunicação em rede cujo conteúdo generalista deveria ser compreensível a todas as diferenças regionais. Como criar um conteúdo generalista para um país que na verdade contém diversos países: culturas, tradições, falas etc.?

Muitos pesquisadores na área de Fonética e Fonoaudiologia estudam como a TV Globo criou uma arquinorma televisiva irradiada como, por exemplo, a limitação da pronúncia de vogais pretônicas e neutralizações de traços opositivos vocálicos aberto/fechado. Segundo a pesquisadora Regina Silveira , “as bases da pronúncia da arquinorma televisiva da Globo constroem, para seus telespectadores, representações mentais sonoras-tipo que ficam armazenadas em suas memórias de longo prazo, social” (veja SILVEIRA, Regina Célia P. “A Questão da Identidade Idiomática: a pronúncia da vogais pretônicas na variedade padrão do português brasileiro”).

Essa arquinorma passou a ser aceita pelo seu prestígio não tanto por ser “norma culta”, mas pela marca do simbolismo da modernidade dentro do projeto ideológico dos militares no qual a necessidade do monopólio Rede Globo estava inserido.



Embora seja uma produção de 1993, Muito Além do Cidadão Kane continua atual: embora o sistema político tenha se democratizado, o sistema midiático continua com a mesma estrutura idealizada pelo regime militar. Quando veremos a produção de Simon Hartog como um documento histórico de uma época que passou?

Ficha Técnica

Título: Muito Além do Cidadão Kane (Beyond Citizen Kane)
Direção: Simon Hartog
Roteiro: Simon Hartog
Elenco: Leonel Brizola, Walter Clark, Chico Buarque de Hollanda, Dias Gomes, Lula, Washington Olivetto, Armando Nogueira
Produção: Channel Four
Distribuição: Channel Four
Ano: 1993
País: Reino Unido

quinta-feira, 17 de julho de 2014

10 poemas de Emily Dickinson traduzidos por Jorge de Sena

Emily Dickinson (1830-1886)

Via "Ler Jorge de Sena"

Celebrando data nacional americana, aqui trazemos uma das vozes poéticas mais originais dos USA: Emily Dickinson (1830-1886), a "solitária de Amherst". Especialmente apreciada por Jorge de Sena, mereceu-lhe a tradução de 80 poemas, reunidos em livro recentemente reeditado, em cuja introdução se pode ler: Nenhuma poesia do tempo se parecia com a sua, tão insólita, tão abrupta, tão tensa e tão concisa. [...] a "liberdade" de Emily Dickinson é extremamente complexa, só entendível em pessoalíssimos termos. Mas, na história da poesia norte-americana, em que as figuras dolorosas ou tragicamente isoladas são tantas, ela avulta esplêndida, igualmente distante dos "profissionais" da poesia ou dos fabricantes dela para consumo doméstico ou público.



A Letter is a joy of Earth –
It is denied the Gods –

Uma carta é uma alegria da Terra
– Denegada aos Deuses.

* * *

A sepal, petal, and a thorn
Upon a common summer's morn –
A flash of Dew – A Bee or two –
A Breeze – a caper in the trees –
And I'm a Rose!

Sépala, pétala, espinho.
Na vulgar manhã de Verão –
Brilho de orvalho – uma abelha ou duas –
Brisa saltando nas árvores –
– E sou uma Rosa!

* * *

Afraid? Of whom am I afraid?
Not Death – for who is He?
The Porter of my Father's Lodge
As much abasheth me.
Of Life? 'Twere odd I fear [a] thing
That comprehendeth me
In one or more existences -
At Deity decree -
Of Resurrection? Is the East
Afraid to trust the Morn
With her fastidious forehead?
As soon impeach my Crown!

Ter Medo? De quem terei?
Não da Morte – quem é ela?
O Porteiro de meu Pai
Igualmente me atropela.
Da Vida? Seria cómico
Temer coisa que me inclui
Em uma ou mais existências -
Conforme Deus estatui.
De ressuscitar? O Oriente
Tem medo do Madrugar
Com sua fronte subtil?
Mais me valera abdicar!

* * *

By a departing light
We see acuter, quite,
Than by a wick that stays.
There's something in the flight
That clarifies the sight
And decks the rays.

A uma luz evanescente
Vemos mais agudamente
Que à da candeia que fica.
Algo há na fuga silente
Que aclara a vista da gente
E aos raios afia.

* * *

I died for beauty – but was scarce
Adjusted in the Tomb,
When One who died for Truth was lain
In an adjoining Room –
He questioned softly why I failed?
"For Beauty," I replied –
"And I – for Truth – Themself are One –
We Brethren are," He said –
And so, as Kinsmen met a-Night –
We talked between the Rooms –
Until the Moss had reached our lips –
And covered up – our names –

Morri pela Beleza – mas mal eu
Na tumba me acomodara,
Um que pela Verdade então morrera
A meu lado se deitava.
De manso perguntou por quem tombara…
– Pela Beleza – disse eu.
– A mim foi a Verdade. É a mesma Coisa.
Somos Irmãos – respondeu.
E quais na Noite os que se encontram falam –
De Quarto a Quarto a gente conversou –
Até que o Musgo veio aos nossos lábios –
E os nossos nomes – tapou.

* * *

I hide myself within my flower,
That fading from your Vase,
You, unsuspecting, feel for me –
Almost a loneliness.

Escondo-me na minha flor,
Para que, murchando em teu Vaso,
tu, insciente, me procures -
Quase uma solidão.


* * *

I'm Nobody! Who are you?
Are you – Nobody – Too?
Then there's a pair of us!
Don't tell! they'd advertise – you know!
How dreary – to be – Somebody!
How public – like a Frog –
To tell one's name – the livelong June –
To an admiring Bog!

Não sou Ninguém! Quem és tu?
Também – tu não és – Ninguém?
Somos um par – nada digas!
Banir-nos-iam – não sabes?
Mas que horrível – ser-se – Alguém!
Uma Rã que o dia todo –
Coaxa em público o nome
Para quem a admira – o Lodo.

* * *

Silence is all we dread.
There's Ransom in a Voice –
But Silence is Infinity.
Himself have not a face.

O Silêncio é o que tememos.
Há um Resgate na Voz –
Mas Silêncio é Infinidade.
Não tem sequer uma Face.

* * *

Soft as the massacre of Suns
By Evening's Sabres slain

 
Suave como o massacre dos Sóis
Mortos pelos sabres do Anoitecer.

* * *
Volcanoes be in Sicily
And South America
I judge from my Geography –
Volcanoes nearer here
A Lava step at any time
Am I inclined to climb –
A Crater I may contemplate
Vesuvius at Home.

Os vulcões são na Sicília
E na América do Sul.
Diz-mo a minha geografia –
Vulcões mais perto daqui,
Encostas de Lava que eu
Queira inclinar-me a subir –
Cratera que eu possa ver –
Há um Vesúvio cá em casa.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

A nova moda entre as noivas dos EUA? Mostrar o bumbum

Noiva-bunda-de-fora-elhombre

E para a nossa felicidade, as madrinhas também estão sendo convocadas para a brincadeira.

Novas modas fotográficas estão sempre surgindo na internet.

A maioria delas são completamente inúteis, como o planking e o owling.

Mas há outras, tipo o topless tour e a belfie, que deixam as nossas vidas mais felizes.

Este segundo grupo ganhou mais um integrante recentemente: as noivas de bumbum de fora.

Sim, isso virou tendência nos Estados Unidos e há várias garotas mostrando a calcinha — às vezes até mesmo de frente — no dia de seus casamentos.

Se isso já não fosse sexy o suficiente, saiba que as madrinhas também costumam entrar na brincadeira.

Certamente as mentes mais conservadoras vão criticar a tendência.

Porém a grande questão aqui não é: “Por que raios elas estão fazendo isso?”

E sim: “Por que raios os fotógrafos matrimoniais não pensaram nisso antes?”

Talvez a primeira delas tenha se inspirado neste cena de um filme pornô e, depois, o negócio viralizou nas redes sociais.

Mas a verdade é que quem liga para a origem?

O que é importa é que as imagens estão aí para aproveitarmos.

E além de tudo, daqui 50 anos, elas vão poder mostrar as fotos e dizer para as suas netinhas como eram gostosas em 2014.

Deus abençoe a América.
















Sobre o autor: Ricardo Rubio

Ricardo Rubio formou-se em publicidade em 2009, mas hoje trabalha como jornalista -- e ganha dinheiro jogando pôquer.

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