Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Forjando a Armadura, poema de Rudolf Steiner

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Nego-me a me submeter ao medo
Que me tira a liberdade,
Que não me deixa arriscar nada,
Que me toma pequeno e mesquinho,
Que me amarra,
Que não me deixa ser direto e franco,
Que me persegue,
Que ocupa negativamente minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo.
Eu quero viver, e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não para encobrir meu medo.

E, quando me calo, quero fazê-lo por amor e não por temer as consequências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar.
Não quero filosofar por medo que algo possa atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim;
Por medo de errar, nao quero tornar-me inativo.
Nao quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.
Nao quero fazer-me de importante porque tenho medo de que senão poderia ser ignorado.

Por convicção e amor,
Quero fazer o que faço
E deixar de fazer o que deixo de fazer.

Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim.

Rudolf Steiner

Traduçao Ute Crämer