Um estrangeiro de nascimento havia perdido seus
sapatos. Ele os havia deixado em sua casa e jogado a casa fora, em um rio. Ou
havia a casa se jogado a si mesma fora?
O estrangeiro de nascimento foi de rio em rio.
Certa vez ele encontrou um velho debaixo d´água com uma placa ao
redor do pescoço: CÉU AQUI.
O estrangeiro perguntou: Como, céu?
O velho coçou as axilas e apontou para a placa.
A casa então apareceu de novo, mas num local completamente
diferente. E talvez fosse uma outra, pois ela não conseguia lembrar-se dos
sapatos do estrangeiro.
Mais tarde perdeu a casa sua porta.
tradução de Ricardo Domeneck