Baruch Spinosa
"Quando nos faltam os favores da fortuna, com
frequência pelos excessos de nossa conduta, culpamos de nossos desastres o sol,
a lua, as estrelas, como se fôssemos patifes por fatalidade, tolos por
compaixão celeste, velhacos, ladrões, traidores por predomínio esférico,
bêbados, mentirosos, adúlteros, por força do obediência a influências
planetárias” – Espinosa, Ética IV, pref.
"Nada, certamente, a não ser uma superstição sombria e triste, proíbe que nos alegremos” – Espinosa, Ética IV,Prop 46, esc.II
"Os supersticiosos, que, mais do que ensinar as virtudes, aprenderam a censurar
os vícios, e que se aplicam a conduzir os homens não segundo a razão, mas a
contê-los pelo medo, de maneira que, mais do que amar as virtudes, fujam do
mal, não pretendem senão tomar os demais tão infelizes quanto eles próprios.
Por isso, não é de admirar que sejam, em geral, importunos e odiosos para os
homens” – Espinosa, Ética, Prop 63, Esc
(Baruch Spinosa, filósofo holandês)