Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Walter Franco - "Canalha"



Morei na cidade do Cabo de Santo Agostinho, dos sete aos doze anos, litoral sul de Pernambuco, cidade da qual faz parte a praia de Gaibu - hoje totalmente desfigurada pelo "progresso" -, que é um tema recorrente em meus poemas. 

Pois bem, naquela época haviam muitas festas de rua, às quais aguardávamos com muito ansiedade. 

Era um programão e tanto para os pré-adolescentes, com seus hormônios vulcânicos em ebulição, detre estes, eu. 

Nestas festas sempre haviam as rádios improvidas que tocavam músicas para alegrar as brincadeiras. 

Podíamos, inclusive, a um preço bem módico, solicitar uma música é dedicá-la a uma menina pelo qual estávamos apaixonados e que a timidez não nos permitia, cara a cara, fazer uma declaração. 

Suávamos, de ansiedade, esperando a música escolhida, com a dedicatória - de fulano para sicrana-, tocar e ver a reação da nossa amada.

Pois, bem, estamos novamente em uma "festa", para a qual o povo não foi convidado. 

Existe um golpe, em pleno vigor em nosso país, financiado pelos rentista internacionais, com o auxílio da nossa elite racista e parasitária, e o povo vai pagar a conta, uma conta muito salgada.

Dedico esta música, não com amor, mas, com ódio e desprezo, ao STF golpista, traidor da pátria e apodrecido.

Quando um dia vier uma revolução deveremos extirpar esses cânceres, herança da ditadura fascista de 1º de abril de 64 e, criar novas instituições democráticas que tenham por objetivo o bem estar de todos e não apenas de castas. 

Saudades da minha infância. Tristes dias estamos vivendo.