Porque
quando sopras
Levas-me contigo.
Arrastas-me com a mais transfiguradora fúria
A mais inconsequente das intenções.
Levas-me contigo.
Arrastas-me com a mais transfiguradora fúria
A mais inconsequente das intenções.
Fazes de
mim, uma serva fiel e obediente
Uma escrava do teu soprar.
Uma escrava do teu soprar.
Sou
aquele pedaço de papel
Que mesmo esfarrapado até ao absurdo
Solta-se ao teu ritmo
Que mesmo esfarrapado até ao absurdo
Solta-se ao teu ritmo
Aquele
pedaço que papel que atravessa
Nações e nações sem procurar saber se há fronteiras.
Nações e nações sem procurar saber se há fronteiras.
Sou
aquele pedaço de papel
Que mesmo com arame farpado a vista não se esconde.
Que mesmo com arame farpado a vista não se esconde.
Aquele
pedaço de papel
Sempre pronto para servir-te
Quer chova, quer faça sol
Servir-te sempre.
Sempre pronto para servir-te
Quer chova, quer faça sol
Servir-te sempre.
Pois sei
que se molho
Tu secarás-me
Se ardo, transformar-me-ei em cinzas
E mesmo assim seguir-te ei.
Tu secarás-me
Se ardo, transformar-me-ei em cinzas
E mesmo assim seguir-te ei.
Para que
os outros um dia saibam
Que os verdadeiros amigos
São para sempre.
Que os verdadeiros amigos
São para sempre.
Herla
Macaba