Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

POEMA NACIONAL, poesia de Jorge Lopes


Poderia dizer
que o poema tem pressa
e acalenta em mim
essa inquietude,
fervendo minhas tripas.
Poderia dizer
que o poema tem fome,
espetada nos olhos da balconista.
Mas o poema é pouco,
para alcançar os homens
adormecidos em seus sonhos de medo;
o poema é pouco,
contra os militares e suas armas mortais,
contra a igreja e seu deus profano,
contra os sórdidos capitalistas
e latifundiários desse meu país.
O poema é muito pouco,
mastigando essa esperança brasileira.

Jorge Lopes

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