Poderia
dizer
que o poema tem fome,
espetada nos olhos da balconista.
que o poema tem fome,
espetada nos olhos da balconista.
Mas
o poema é pouco,
para alcançar os homens
adormecidos em seus sonhos de medo;
o poema é pouco,
contra os militares e suas armas mortais,
contra a igreja e seu deus profano,
contra os sórdidos capitalistas
e latifundiários desse meu país.
para alcançar os homens
adormecidos em seus sonhos de medo;
o poema é pouco,
contra os militares e suas armas mortais,
contra a igreja e seu deus profano,
contra os sórdidos capitalistas
e latifundiários desse meu país.
O
poema é muito pouco,
mastigando essa esperança brasileira.
mastigando essa esperança brasileira.
Jorge Lopes
Fonte: Interpoética
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