Foram-se os anéis. Ficaram-me os dedos
De uma vontade de
amar faminta
Pousando em pedras
hermeticamente preciosas
Quebrei meus olhos
de ilusão e vidro
Fiquei eu
desencasulada, recolorida, nova
A estranhar minhas
próprias asas
Ensejando e
fazendo pacto de vida
Com a imensidão
dos dias
Dos pousos
apressados em busca de chão
Me libertei de
minha própria escravidão
Na coragem de
flutuar no desconhecido
Solta num vento
que não ouso nomear Deus
Sou massa mole,
aberta porém cuidadosa
Agora quero me
deixar ser esculpida
pelo tato
rudimentar da vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Apenas comentários inteligentes. Palavras chulas ou xingamentos serão deletados.