Que
pobre o coração que não sabe amar
e
não conhece o delírio da paixão.
Se
não amas, que sol pode te aquecer,
ou
que lua te consolar?
Hoje
os meus anos reflorescem.
Quero
o vinho que me dá calor.
Dizes
que é amargo? Vinho!
Que
seja amargo, como a vida.
É
inútil a tua aflição;
nada
podes sobre o teu destino.
Se
és prudente, toma o que tens à mão.
Amanhã...
que sabes do amanhã?
Além
da Terra, pelo Infinito,
procurei,
em vão, o Céu e o Inferno.
Depois
uma voz me disse:
Céu
e Inferno estão em ti.
(trecho)
Omar Khayyam
Tradução de Alfredo Braga
Para ler o poema completo: Os Rubaiyat, de Omar Khayyam