E agora, pai?
E agora que a memória é água velha de açude,
E todos os peixes expõem seus esqueletos de zinco?
E agora, pai?
As conchas renegaram as pérolas
Antes de parirem a circunferência de sua luz.
Olha, pai!
Teu reflexo é silhueta sobre estas folhas secas
Que bóiam nas horas órfãs de correnteza.
Prepara-me tuas palavras
Na escravidão dessas águas
E como uma oferenda deposita-me aos pés.
Talvez santos e orixás
Possam segurar-nos as mãos.
Perdoando-nos do silêncio
Que teu abraço sacrificado
Jamais esmagou.
E agora que a memória é água velha de açude,
E todos os peixes expõem seus esqueletos de zinco?
E agora, pai?
As conchas renegaram as pérolas
Antes de parirem a circunferência de sua luz.
Olha, pai!
Teu reflexo é silhueta sobre estas folhas secas
Que bóiam nas horas órfãs de correnteza.
Prepara-me tuas palavras
Na escravidão dessas águas
E como uma oferenda deposita-me aos pés.
Talvez santos e orixás
Possam segurar-nos as mãos.
Perdoando-nos do silêncio
Que teu abraço sacrificado
Jamais esmagou.