Meu
único filho nasceu quando eu tinha uns 20 anos. Um menino lindo e
gorduchinho, por quem eu me apaixonara ainda na barriga da mãe.
Casei
jovem, a conselho dos meus médicos, pois, na idade de três anos foi
acometido pela poliomielite. Caso eu quisesse ter filhos, deveria ser
rápido, antes dos trinta anos, pois uma das sequelas da pólio seria
a da de disfunção sexual.
Conheci
uma garota que tinha cara ser uma boa dona de casa, uma boa mãe,
inteligente, estudiosa, futura grande profissional.
Mas
com o nascimento do meu filho, a invenção do Viagra, meu apresado
casamento passou a ser uma tortura, a rotina deixava-me enlouquecido,
apenas meu bebê me trazia algum contentamento.
Não
passou muito tempo, arranjei uma amante. O sexo no meu casamento era
mais por obrigação do que por prazer, não só de minha parte, mas
de minha esposa também, apenas fingíamos estar tudo bem em prol da
manutenção da família.
Algo
deveria acontecer para que essa situação cessasse. Eu, por gratidão
e generosidade a minha esposa, nunca teria coragem de encerrar o
casamento.
Minha
esposa pela educação castradora que lhe foi imposta pela família,
e culpas impostas pelo cristianismo, de modo algum proporia acabar
nosso casamento.
E
o tempo passava. Clamávamos por liberdade. Minha amante aceitava o
seu papel na farsa, sentia-se bem como amante, livre, inclusive para
colocar mais alguém no jogo.
No
aniversário de quatro anos do meu filho, resolvi fazer uma loucura,
convidei Vanda, minha amante para a festa. Pedi a ela que fosse
acompanhada de alguém, um falso namorado, para não despertar,
imediatamente, nenhuma suspeita por parte de ninguém, principalmente
de Leda, minha esposa.
Na
festa, o pequeno Davi estava encantador, todo alinhado, riso fácil,
transitando de colo em colo, através de sua babá e de sua mãe,
quando me avistava sorria e chamava o meu nome, eu de pronto atendia
aos seus caprichos.
Para
meu assombro e medo, Vanda e Leda se deram muito bem. A minha
brincadeira ou loucura multiplicara-se por “n” vezes. A partir
daquela festa tornaram-se amigas: shopping, cinema, pediatra de Davi.
Pedi a Vanda que se afastasse de minha família. Mas nada. Cheguei a
falar mal de Vanda para minha esposa, fazer intriga: nada!
Bem. resumindo a história. Estou divorciado e bem solteiro, assim como
sempre desejei, e feliz. Davi continua um lindo garoto. Cinco anos,
saudável. Leda e Vanda formam um casal maravilhoso.
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