1º A
Terra Desolada (The
Waste Land), de T.S. Eliot (1888-1965) – Nascido nos EUA, Eliot se
sentia culturalmente ligado à Europa, tendo morado em Londres a
maior parte da vida. Além de poeta, foi ensaísta e dramaturgo,
tendo recebido o Nobel em 1948. No ano de 1922 publicou este
poema-marco da literatura do século, em que constrói uma cerrada
rede de referências à tradição literária européia na descrição
de um continente devastado por um processo de desagregação que
vinha desde o Renascimento.”Poesia”, trad. de Ivati Junqueira,
Nova Fronteira.
2º Tabacaria, de
Fernando Pessoa (1888-1935), sob o heterônimo de Álvaro de Campos –
O poeta português é autor da mais original criação poética deste
século, a heteronímia, ou seja, a criação de múltiplas
personalidades poéticas com vida pessoal e espiritual própria.
Campos é, segundo Pessoa, um engenheiro formado em Glasgow
(Inglaterra). Vivendo integralmente os conflitos da modernidade, é o
mais inquieto e exaltado dos heterônimos.”Obra Poética”, Nova
Aguilar; “Ficções do Interlúdio”, Companhia das Letras.
3º O
Cemitério Marinho (Le
Cimetiêre Marin), de Paul Valéry (1871-1945) – Valéry foi grande
ensaísta e se via sobretudo como um homem devotado à inteligência.
Daí viria sua relação tensa com a poesia que o tomaria um
“poeta-não poeta”, na expressão de Augusto de Campos.
“Cemitério Marinho” é a prova cabal do acerto de um de seus
aforismos, que diz que poema é aquilo que não pode ser resumido.”O
Cemitério Marinho”, trad. de Jorge Wanderley, Max Limonad.
4º Velejando
para Bizâncio (Sailing
to Byzantium), de William Butler Yeats (1865-1939) – O poeta e
autor teatral irlandês recebeu o Nobel de 1923. Da plena maturidade
são seus poemas mais citados, como este “Velejando para Bizâncio”,
no qual a velhice e a morte, confrontadas com a permanência da arte,
se vêem transfiguradas num espaço mítico além da vida.”W.B.
Yeats – Poemas”, trad. de Paulo Vizioli, Companhia das letras.
5º Hugh
Selwin Mauberley,
de Erza Pound (1885-1972) – Este poema escrito em 1920 é o
trabalho longo de leitura mais fluente do autor, já que é em grande
parte escrito em forma mais tradicional e tem um eixo narrativo
claro, o dos descaminhos do poeta americano E.P. e de seu duplo
britânico, Mauberley, ameaçados de esterilidade artística.
”Poesia”, trad. de Augusto de Campos, Hucitec.
6º Pranto por
Ignacio Sánchez Mejías (Llanto por Ignacio Sánchez Mejías), de
Federico García Lorca (1899-1936) -Lorca foi tanto o poeta popular
do “Romanceiro Gitano” (1928) quanto àquele que se horrorizou,
fascinado, diante da metrópole, em ”O Poeta em Nova York”,
publicado postumamente em 1940. Foi assassinado aos 38 anos pelos
franquistas no início da Guerra Civil Espanhola.”Obra Poética”,
trad. de William Agel de Mello, Martins Fontes.
7º Elegias
de Duíno (Duineser
Elegien), de Rainer Maria Rilke (1875-1926) – Nascido em Praga,
levou uma vida aristocrática, patrocinado pela nobreza européia. As
”Elegias de Duíno” emprestam seu nome do castelo próximo a
Trieste onde começaram a ser compostas nos anos de 1910-1912. Só
foram concluídas mais de dez anos depois.”Elegias de Duíno”,
trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras.
8º À
Espera dos Bárbaros,
de Konstantinos Kaváfis (1863-1933) – O mais importante poeta
grego deste século nasceu em Alexandria, no Egito, e morou na
Inglaterra. Em “A Espera dos Bárbaros”, poema ao mesmo tempo
político e ontológico, aparece a duração de um espaço em que
nada se faz porque os bárbaros atacarão.”Poemas”, trad. de José
Paulo Paes, Nova Fronteira.
9º Zona
(Zone), de
Guillaume Apollinaire (1880-1918) – Poeta francês e patriota,
apesar de nascido em Roma, teve uma biografia acidentada, que inclui
participação voluntária como soldado na Primeira Guerra. Em “Zona”
(1913), Apollinaire elimina a pontuação e cria um ritmo nervoso;
abole o que faz um canto de louvor à modernidade.”Alcools”,
Gallimard, 34 francos.
10º Mensagem,
de Fernando Pessoa (1888-1935) – Pessoa ele mesmo nasceu em Lisboa
e passou seus anos de formação na África do Sul. Dos vários
livros projetados e até efetivamente escritos por ele, ”Mensagem”
(1934) foi o único publicado em vida.”Obra Poética”, Nova
Aguilar. ”Mensagem”, Companhia das Letras.
11º A
Canção de Amor de J. Alfred Prufrock (The
Love Song of J. Alfred Prufrock), de T.S Eliot (1888-1965) –
Publicado pela primeira vez em 1915 numa revista literária de
Chicago, abriria o primeiro livro de Eliot, de 1917.”Poesia”,
trad. De Ivan Junqueira, Nova Fronteira.
12º Quatro
Quartetos,
de T.S. Eliot – “Poesia”, trad. de Ivan Junqueira, Nova
Fronteira.
13º Cantos,
de Ezra Pound – “Cantos&p;p;ammp;quuot;, trad. de José
Lino Grünewald, Nova Fronteira .
14º Em
Meu Ofício ou Arte Taciturna,
de Dylan Thomas (1914-1955) – Nasceu no País de Gales, trabalhou
como repórter. Sua poesia, às vezes de tom religioso, revisita
temas como a infância e a morte. “Poemas Reunidos” (1934-1953),
trad. de Ivan Junqueira, José Olympio.
15º O
Cão sem Plumas,
de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) – Quando escreveu este
poema, no final da década de 40, Cabral julgou que seria o último.
O fluxo das memórias e o do rio Capibaribe se fundem nele para fazer
um retrato tenso e novo do Recife. – “O Cão sem Plumas”, Nova
Fronteira.
16º Quarta-Feira
de Cinzas de
T.S.Eliot, “Poesia”, trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira.
17º Noite
Insular, Jardins Invisíveis,
de Lezama Lima (1910-1976) – Poeta cubano, fundador da revista
“Verbum”, em 1937. Em 1959, foi nomeado por Fidel Castro diretor
do departamento de literatura e publicações do Conselho Nacional de
Cultura. E autor do romance ”Paradiso” (1966), lançado no Brasil
em 1987. Publicou também os livros de poemas “Morte de Narciso”
(1937) e “Inimigo Rumor” (1941).”Poesia Completa”, Alianza
Editorial, 3.562 pesetas (Espanha).
18º Campo
de Flores,
de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – Desde sua estréia, em
1930, com “Alguma Poesia”, Drummond se tornou poeta central para
a literatura brasileira. Fechando a segunda seção de “Claro
Enigma” (1951), “Campo de Flores” fala do tema do amor na
maturidade. – “Claro Enigma”, Record.
19º
– Blanco,
de Octavio Paz (1914-1998) -Prêmio Nobel de 1990, o mexicano Octavio
Paz é o único poeta que tem a mesma dimensão internacional dos
ficcionistas latino-americanos. Como poeta, publicou ”Pedra de
sol”, que, entre outros temas, revisita sua participação na
Guerra Civil Espanhola e a experiência poética múltipla deste
”Blanco”. – ”Transblanco”, trad. de Haroldo de Campos,
Siciliano.
20º Leda
e o Cisne,
de William Butler Yeats – ”Poemas”, trad. de Paulo Vizioli,
Companhia das Letras.
21º Jubileu, de
Vladímir Maiakóvski (1893-11111930) – Nascido na Geórgia,
Maiakóvski foi um entusiasta da Revolução Russa, enfrentando o
desafio de escrever uma poesia engajada e ao mesmo tempo inovadora e
pessoal por meio da ”linguagem da rua”. Suicidou-se seis anos
após escrever ”Jubileu”. – ”Maiakóvski”, trad. de Haroldo
de Campos, Perspectiva.
22º Orfeu. Eurídice.
Hermes, de Rainer Maria Rilke – ”Rilke: Poesia-Coisa”, trad. de
Augusto de Campos, Imago.
23º Esboço
de uma Serpente,
de Paul Valéry — “Poésies”, Gallimard, 34 francos (França).
24º Manhã,
de Giuseppe Ungaretti (1888-1970) – Na juventude lutou na
Primeira Guerra. viveu no Brasil entre 1937 e 1942, tendo sido
professor da USP. Obra-prima na captação de um momento num poeta
que deseja uma poesia reduzida ao mínimo de palavras, eis todo o
poema ”Manhã”, na tradução de Haroldo de Campos:
”Deslumbro-me/ de imenso”. Publicou, entre outros, ”Sentimento
do Tempo” (1930), e ”A Dor” (1947).- ”Vita d’ un Uomo –
Tutte le Poesie”, Mondadori, 24.00000 liras (Itália).
25º Os
Doze,
de Aleksandr Blok (1880-1921) — Filho de intelectuais, Blok é
considerado o grande poeta simbolista russo. A partir da fracassada
revolução de 1905, sua poesia ganhou um realismo que se vê em ”Os
Doze” (1918) e que descreve a marcha de 12 soldados sobre a cidade.
– ”Poesia Russa Moderna”, trad. de Boris Schnaiderman e Haroldo
de Campos.
26º O
Fogo de Cada Dia,
de Octavio Paz (1914-1998) – ”Obra Poética (1935-1988)”, Seix
Barral, 3.800 pesetas (Espanha).
27º Sutra
do Girassol,
de Allen Ginsberg (11111926-1997) – Neste poema, Ginsberg fala de
si ao laadoo de seu companheiro de geração ”beatnik”, Jack
Kerouac (1922-1969). Sua linguagem torrencial, cheia de referências
pessoais, da conta do que é típico em Ginsberg, que criou celeuma
já com seu livro de estréia, ”Uivo e Outros Poemas” (1956),
cujo poema-titulo chegou a ser proibido por obscenidade. – “Uivo,
Kaddish e Outros Poemas”, trad. de Cláudio Willer, L&PM.
28º Romanceiro
Gitano,
de Federico García Lorca – “Obra Poética Completa”, trad. de
WiIliam Agel de Mello.
29º Poema
do Fim,
de Marina Tzvietáieva (1892-1941) – Nome central da moderna poesia
russa e européia, colocou-se em sua poesia contra a Revolução
Russa e, mais tarde, contra o fascismo. Ao ver o marido ser fuzilado
e a filha mandada para um campo de concentração, suicidou-se. –
Poemas da autora saíram em ”Poesia Sempre” n. 7, em trad. de
Augusto e Haroldo de Campos (Fundação Biblioteca Nacional, fax
0/xx/2l/220-4173).
30º Ode
Marítima,
de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa – ”Ficções
do Interlúdio”, Companhia das Letras; ”Obra Poética”, Nova
Aguilar.
31º A
Pantera,
de Rainer Maria Rilke – ”Rilke: Poesia-Coisa”, trad. de Augusto
de Campos, Imago.
32º As
Jovens Parcas,
de Paul Valéry – ”Linguaviagem”, trad. de Augusto de Campos,
Cia. das Letras.
33º A
Torre,
de William Butler Yeats – ”The Tower”, Pengum, 3,99 libras
(Reino Unido). Uma tradução de Augusto de Campos para o poema foi
publicada no Mais! em 14/6/98.
34º Xenia,
de Eugenio Montale (1896-1981) – Ganhador do Nobel de 1975, o poeta
italiano desejou ser cantor lírico, mas foi impedido pela Primeira
Guerra. Sua poesia às vezes se aproxima da prosa, tal o uso que faz
de elementos não-poéticos. – ”Poesias”, trad. De Geraldo
Holanda Cavalcanti, Record.
35º A
Segunda Vinda,
de William Butler Yeats – “Poemas”, trad. de Paulo Vizioli,
Companhia das Letras.
36º A
Enguia,
de Eugenio Montale (1896-19811111) – “Poesias”, trad. de
Geraldo Holanda Cavalcanti, Record.
37º De
Todas as Obras,
de Bertolt Brecht (11111898-1956) – O principal interesse do
escritor alemmão foi o teatro, que revolucionou, mas escreveu poesia
por toda a vida. – “Poemas – 1913-1956″, trad. de Paulo César
Souza, Brasiliense.
38º Cortejo,
de Guillaume Apollinaire “Oeuvres Poétiques Complétes”,
Gallimard, 290 francos (França).
39º Stretto,
de Paul Cela (1920-1970) -Poeta romeno de expressão alemã, Celan
chegou a ser preso num campo de concentração. Suicidou-se em Paris.
– “Cristal”, trad. de Claudia Cavalcanti, Iluminuras.
40º brIlha,
de e.e. cummings (1894-1962) – O lado mais conhecido de sua poesia
está nos poemas em que trabalha com a tipografia, decompondo as
palavras e introduzindo uma série de sinais, em especial parênteses.
– “Poem(a)s”, trad. de Augusto de Campos, Francisco Alves.
41º Trilce,
de Cesar Vallejo (1892-1938) – OOO peruano Vallejo teve a marca
simbolista típica de sua geração na juventude. Posteriormente,
notabilizou-se por sua poesia de cunho social, mas jamais abriu mão
do impulso experimental, visível neste “Trilce” (1922). –
“Trilce”, Cátedra, 1.142 pesetas (Espanha).
42º Altazor,
de Vicente Huidobro (1893-1947) – Chileno, Huidobro viveu em
Paris e Madri. “Altazor” é um longo poema em que se mostra bem,
em invenções vocabulares e livres associações, o caráter
experimental de sua poesia. – ”Altazor e Outros Poemas”, trad.
De Antônio Risério e Paulo César de Souza, ArtEditora.
43º Fragmento,
de Miklos Radnoti (1909-1944) – Em seu país, a Hungria, Radnoti é
um mártir do Holocausto, já que foi fuzilado pelos nazistas. –
Pode ser encontrado em inglês, em ”Foamy Sky – The Major Poems
of Miklos Radnoti”, trad. de Frederick Turner e Zsuzsanna Ozsvath,
Books on Demand.
44º Dói
Demais,
de Attila József (1905-1937) – Húngaro, foi membro do então
ilegal Partido Comunista e disse sobre si mesmo ser o poeta do
proletariado. Fez de sua mãe, uma lavadeira, símbolo da classe
trabalhadora. – Pode ser encontrado em inglês, em ”Winter
Night”, trad. de John Batki, Oberlin College Press.
45º No
Túmulo de Christian Rosencreutz,
de Fernando Pessoa – ”Obra Poética”, Nova Aguilar.
46º Ode
Inacabada à Lama,
de Francis Ponge (1899-1988) – Poeta francês que buscou afastar a
poesia do eu, aproximando-a dos objetos. O mais conhecido de seus
livros é ”O Parti-Pris das Coisas” (1942). – ”Oeuvres
Complétes”, Gallimard, 390 francos (França).
47º
O Torso Arcaico de Apoio,
de Rainer Maria Rilke – Não há tradução brasileira
disponível. (
48º Os
Passos Longínquos,
de César Vallejo (1892-1938) – ”Obra Poética Completa”,
Alianza, 2.010 pesetas (Espanha).
49º El
Hombre,
de William Carlos Williams (1883-1963) – O poeta norte-americano
foi escritor político, autor de peças, contos e romances, além de
poemas. ”Poemas”, trad. de José Paulo Paes, Companhia das
Letras.
50º Meus
Versos São de Chumbo,
de Jaroslav Seifert (1901-1986) – Foi o primeiro autor tcheco a
ganhar, em 1984, o Prêmio Nobel. Há outros poemas do autor na
antalogia ”Céu Vazio”, trad. De Alksandar Jovanovic, Hucitec.
51º A
Máquina do Mundo,
de Carlos Drummond de Andrade – ”Claro Enigma”, Record.
52º A
Ponte,
de Hart Crane (1899-1932) – Escrito em 1930, este poema longo em 15
partes é a tentativa de fazer um épico moderno que celebrasse o
poder humano de reunir passado e presente. – ”Complete Poems of
Hart Crane”, W.W. Norton.
53º Dia
de Outono,
de R. M. Rilke – ”Poemas”, trad. José Paulo Paes, Companhia
das Letras.
54º Treze
Maneiras de Olhar para um Melro,
de Wallace Stevens (1879-1955) – Um dos mais importantes poetas
norte-americanos, sua poesia é numas vezes discursiva, noutras bem
concisa. – ”Poemas”, trad. de Paulo Henriques Brito, Companhia
das Letras.
55º Domingo
de Manhã,
de Wallace Stevens – “Poemas”, Companhia das Letras.
56º Sonetos
a Orfeu,
de R. M. Rilke “Poemas” – Companhia das Letras.
57º Vigília, de
Giuseppe Ungaretti – Em “Poesia Alheia”, trad. Nelson Ascher,
Imago.
58º Perfil
Grego,
de Iannis Ritsos (1909-1990) – Comunista, o poeta grego foi
preso pelos nazistas; depois, sua militância política lhe custaria
o exílio. Há outros poemas do autor em “Gaveta do Tradutor”,
trad. de José Paulo Paes, Letras Contemporâneas.
59º Poema
dos Dons,
de Jorge Luis Borges (1899-1986) – O grande autor do “boom”
lattinno-americano, o argentino é muito mais lembrado por seus
contos do que por sua refinada poesia. – “Obras Completas”,
vol. 2, trad. de Josely Vianna Baptista, Globo.
60º O
Guardador de Rebanhos,
de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa – Segundo Pessoa,
Caeiro nasceu em 1889 e era um homem inculto que sempre viveu numa
aldeia. E reconhecido como o mestre dos outros heterônimos e do
próprio Pessoa. – ”Ficções do Interlúdio”, Companhia das
Letras.
61º Nalgum
lugar em que nunca estive,
de e. e. cummings (1894-1962) – ”Poem(a)s”, trad. de Augusto de
Campos, Francisco Alves.
62º Omeros,
de Derek Walcott (1930)
– Poeta caribenho de expressão inglesa, ganhador do Nobel em 1992,
procura criar uma arte que dê conta da fusão cultural de sua
região. – ”Omeros”, trad. de Paulo Vizioli, Companhia das
Letras.
63º Degraus,
de Hermann Hesse (1877-1962)
Autor do romance ”Lobo da Estepe” (1927), como poeta não
dispensou um certo sentimentalismo ao explorar temas como a infância,
a solidão. Ganhou o Nobel em 1946. – ”Gesammelte Werke”,
Suhrkamp, 148 marcos (Alemanha).
64º A
Serguei Iessiênin de Vládimir
Maiakóvski (1893-1930) – ‘Poemas”, Perspectiva.
65º O
Duro Cerne da Beleza,
de William Carlos Williams – “Poemas”, trad. José Paulo Paes,
Companhia das Letras.
66º
– Sestina:
Altaforte,
de Ezra Pound “Poesia”, Hucitec.
67º
– Argumentum
et Silentio,
de Celan “Gesammelte Werke – Gedichte”, Suhrkamp, 49,80 marcos
(Alemanha).
68º- Encantação
pelo Riso,
de Vielimir Klebnikov (1885-1922) – Poeta russo considerado o líder
do cubo-futurismo. – “Poesia Russa Modema”, Brasiliense.
69º Anabase,
de Saint-John Perse (l887-1975)
– Pseudônimo do diplomata francês Alexis Léger. Teve sua
nacionalidade cassada na Segunda Guerra quando foi viver nos EUA. Só
regressou a seu país em 1957. Ganhou o Nobel em 1960. ”Éloges”,
Gallimard.
70º Voz
a Ti Devida,
de Pedro Salinas (1892-1951) – O poeta espanhol notabilizou-se com
seus poemas de amor. – ”Voz a Ti Debida”, Losada, 617 pesetas.
71º Réquiem,
de Ana Akhmátova (1888-1966) Fundadora do acmeísmo, corrente que se
situa entre o simbolismo e o futurismo, a poeta russa foi considerada
decadente durante a época do ”realismo socialista”. Sua poesia
refinada e melancólica, mostra-se inteira em ”Réquiem”, um
conjunto de pequenos poemas escritos entre 1925 e 1930. – ”Réquiem
e Outros Poemas”, Art Editora.
72º As
Janelas,
de Apollinaire – ”Oeuvres Poétiques Complètes” (Gallimard).
73º A
Ponte Mirabeau,
de Guillaume Apollinaire – “Oeuvres Poétiques Complètes”.
74º Oxford,
de W.H. Auden (1907-1973) – O poeta britânico compartilhou com
T.S. Eliot o pessimismo sobre o presente, mas não celebrou o
passado: sendo homem da esquerda, viu o futuro com os olhos da
utopia. Tematizou o amor homossexual e a religião. – ”Poemas”,
trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras.
75º Em
Memória de Yeats,
de W.H. Auden – ”Poemas”, Companhia das Letras.
76º Briggflatts,
de Basil Bunting (1900-1985) – E o poeta inglês mais conhecido nos
Estados Unidos. Só se projetou em seu país aos 66 anos, com
”Briggflatts”, poema autobiográfico em que procurou explorar os
aspectos linguísticos e antropológicos de sua região natal. –
”The Complete Poems”, Oxford University Press, 11,99 libras
(Reino Unido).
77º No
Centenário de Mondrian,
de João Cabral de Melo Neto – ”Obra Poética”, Nova Aguillar.
78º Serpente,
de D.H. Lawrence (1885-1930)
— O ficcionista, crítico e poeta inglês ficou conhecido por
romances como – ”Filhos e Amantes” (1913) e ”O Amante Lady
Chatterley” (1928), processado como pornográfico. A divulgação
de sua melhor poesia se fez postumamente. – ”The Complete Poems”,
Penguim.
79º Áporo,
de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – ”A Rosa do Povo”,
Record.
80º Dizer
Tudo,
de Paul Éluard (1895-1952) — Na adolescência, o francês Éluard
teve tuberculose e foi companheiro de tratamento e de leitura de
poesia do brasileiro Manuel Bandeira num sanatório na Suíça. Foi
um dos grandes mestres do surrealismo. – ”Oeuvres Complètes
1913-1953″ (2 vols.), Gallimard, 700 francos (França).
81º Liberdade,
de Paul Éluard (1895-1952) – Em ”Gaveta do Tradutor”, trad. de
José Paulo Paes, Ed. Letras Contemporâneas.
82º Morte
sem Fim,
de José Gorostiza (1901-1973) – O poeta mexicano preferiu, de
maneira geral, o poema curto, mas este ”Morte sem Fim” (1931) é
um texto longo em que reaparecem as grandes essências que ele mesmo
definiu como suas prediletas amor, morte, Deus. – ”Poesia
Completa”, Fondo de Cultura Economica, 2.284 pesetas (Espanha).
83º Romance
Sonâmbulo,
de Federico García Lorca – ”Obra Poética Completa”, Martins
Fontes.
84º Pedra
de Sol,
de Octavio Paz – ”Pedra de Sol”, Guanabara
85º Autopsicografia de
Fernando. Pessoa – ”Obra Poética”, Nova Aguilar.
86º Os
Cisnes Selvagens de Coole,
de William Butler Yeats – ”Poemas”, Companhia das Letras.
87º Canção
do Mal-Amado,
de Guillaume Apolinaire – ”Oeuvres Poétiques Complètes”
(Gallimard).
88º Sobre
a Poesia Moderna,
Wallace Stevens – ”Poemas”, Companhia das Letras.
89º Sobre
o Pobre BB,
de Bertold Bretcht – Em ”Poesia Alheia”, trad. De Nelson
Ascher, Imago.
90º Tristia,
de Óssip Mandeistam (1891-1938) – Nasceu em Varsóvia e, muito
jovem, esteve em Paris, aproximando-se do simbolismo francês. Mais
tarde, tornou-se participante de destaque do acmeísmo.Há outro
poema do autor na revista ”Poesia Sempre” nº 7, abril/99, trad.
de Haroldo de Campos (Fundação Biblioteca Nacional, fax
0/xx/211220-4173).
91º Miniatura
Medieval,
de Wislawa Szymbosrka (1923) – A escritora polonesa ganhou o Prêmio
Nobbel de 1996. Estreou em 1952 com ”Por Isso Vivemos” e pertence
a uma rica geração de artistas poloneses, entre os quais se inclui
o cineasta Andrzej Wajda. – Há outros poema do autora em ”Poesia
Alheia” (Imago) e na antologia ”Céu Vazio” (Hucitec).
92º Fuga
sobre a Morte,
de Paul Celan ”Cristal”, trad. de Claudia Cavalcanti, Iluminuras.
93º Ode
ao Rei do Harlem,
de Federico García Lorca – ”Obra Poética Completa”. M.
Fontes.
94º Dispersão,
de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) – Apesar de ter se
suicidado com apenas 26 anos, pôde escrever o suficiente para ser o
principal autor português do início do século, ao lado de Fernando
Pessoa.”Poesia”, Iluminuras. – “Obra Poética”, Nova
Aguilar.
95º Os
Peixes, de
Marianne Moore (1887-1972) – Norte-Americana, foi professora
universitária. Virtuose da versificação, trabalhou com a
decomposição dos versos e da sintaxe. – “Poemas”, trad. de
José Antonio Arantes, Companhia das Letras.
96º Provérbios
e Cantares,
de Antonio Machado (1876-1939) – Nascido em Sevilha, passou seus
anos de formação em Madri. A extrema simplicidade formal da poesia
de Machado esconde, porém, uma grande complexidade. – “Poesias
Completas”, Espasa Calpe, 1.005 pesetas (Fspanha).
97º As
Ratazanas,
de Georg Traki (1887-1914) – O austríaco foi um expressionista que
enlouqueceu com os horrores da Primeira Guerra, na qual serviu como
enfermeiro. – “Poemas à Noite”, trad. de Marco Lucchesi,
Topbooks.
98º A
Outra Tradição,
de Josh Ashberry (1927) – Poeta americano que pertenceu à chamada
Escola de Nova York. Sua poesia é auto-referencial e expressa uma
visão de mundo cética, mas que não perde o humor.Há outro poema
do autor em ”Poesia Alheia”, trad. de Nelson Ascher, Imago.
99º Acalanto, de
Elizaheth Bishop (1911-1979) – A escritora norte-americana viveu no
Brasil em Ouro Preto e no Rio de Janeiro por 16 anos. Além de
poesia, escreveu contos, memórias e tem uma rica obra em
cartas.”Poemas”, trad. de Horácio Costa, Companhia das Letras.
100º Homem
e Mulher Passam pelo Pavilhão de cancerosos,
de Gottfried Benn (1886-1956) – A poesia inicial deste autor alemão
é expressionista. Sua poesia madura, como a reunida no volume
“Poemas Estáticos” (1948), é hermética e niilista. – Em
”Poesia Alheia”, Imago.
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