Eu era tão
belo e acreditava em anjos.
Lia me
cantava canções de ninar.
Feliz, o céu
era azul e a vida prateada.
Chutado pela
bunda e culhões conheci o mundo.
De nada
adiantava querer acordar.
As horas
passam, que canseira.
Espero
apenas o último tic-tac-ar.
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