Pobre do meu coração
entre
grades de ossos
e
pulmões.
E os ossos a sustentar a fraca carne
sem
proteínas.
Pobres pulmões,
entre
gases venenosos
da
cidade.
Pobre cérebro,
entre
gases venenosos
da
anti-cultura.
E pobre de todo o meu corpo,
entre
o medo e a noite,
entre
o aço e o cimento,
entre
a fome e a energia nuclear.
entre
a morte
e
a ditadura.
(Itárcio Ferreira)
(Itárcio Ferreira)
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