matilde campilho
esquecer o que é amor
assim como o ato
da mão que se estica
molhada
em busca do calor
e volta pesada ao templo
caindo como um caju
espatifado na areia fina
o corpo todo estremecido
- um choque que percorre
a pele extraterrestre -
ou eu sentada
sozinha na praça
falando em voz baixa
palavras que soam
tipo rock n’ roll no poema
pensando em caracóis
cachecóis
brócolis no almoço
o primeiro escritor do mundo
sua cueca na minha gaveta de calcinha
o nepal
matilde campilho na ponta dos pés
a peça nova do chacal
as unhas do nick
uma roupa que cola no corpo
e parece cacto
mas cometendo o ato falho
de esticar a mão
em direção a chuva
pensando em você
Regina Azevedo
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