Aos Mestres, com carinho!

Aos Mestres, com carinho!
Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quinta-feira, 7 de maio de 2015

EIS O POEMA!


Um poema se faz,
não com a essência da alma,
mas com matéria do corpo
aquela que apodrece.

O tempo lambeu-me.
De repente tinha dezoito anos,
daqui a pouco trinta e seis,
dormi, e ao acordar,
fiz cinquenta e dois.

Ha! esta matemática divina.
O cheiro de canela da morte.
As amizades de fumaça.
Um canto que não consigo identificar.

Sais, preciso de sais,
meu corpo lasso,
minh'alma inexistente,
todos os meus pesadelos.

O espelho não mostra os meus desejos,
Apenas as minha frustrações.
A fome, a guerra. 
O sexo insaciável.
Apesar da velhice,
do ridículo.

Incenso de cannabis,
orgasmos múltiplos,
música e lembranças: 
Eis o poema!

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