Fazer de tua boca
minha taça,
e nela beber o
vinho de tua
saliva,
de tua língua,
de tuas sedes.
Um só gosto,
um só paladar,
nos tornaremos um só prazer.
Explodirei em ti
e me sentirei
molhado, molhado, molhado
até o afogamento.
Amar-nos-emos sobre as folhas
que dançam a coreografia dos ventos.
A nossa dor
será a dor da mãe
que perde o filho.
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