A dúvida nunca foi o meu forte.
Tampouco a ansiedade. Apego ao dinheiro, nunca tive. Mas naquele fatídico dia,
como uma sombra inexistente que assusta uma criança medrosa, a espera do sono
salvador, a dúvida assomou-me: Cleide ou Laís? A quem ligaria para dividir os
prazeres que o dinheiro, e claro, a minha companhia, iriam proporcionar?
Cada uma, como numa teia, havia
contribuído para que eu, leve sorriso, estivesse à boca do caixa para sacar
três mil reais, ou melhor, para sacar um final de semana na praia, - Foz era
passado - com tudo pago, e como gostava de dizer Thais, regado a champanhe e
lagosta. Afinal, o que levamos da vida senão dores e prazeres? Que venham os
prazeres, sempre que possível.
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