Havia o que se via
e o que não se via:
a manhã luminosa
encobria a treva
abissal e velha dos espaços.
O mar batia
em frente à Farme de Amoedo e ali
na areia
a gente mal o ouvia se o ouvia.
E era então que ela súbito surgia
rindo entre os cabelos
a raquete na mão
e se movia
ah, como se movia!
E nessa translação nos descobria
suas fases solares:
o ombro
o dorso
a bunda
lunar?
estelar?
a bunda
que (sob uma pétala
de azul)
celeste me sorria.
(Ferreira Gullar) |
"Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação." (Mário Quintana)
Aos Mestres, com carinho!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
TANGA
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