Condenado
estou a te amar
nos
meus limites
até
que exausta e mais querendo
um
amor total, livre das cercas,
te
despeça de mim, sofrida,
na
direção de outro amor
que
pensas ser total e total será
nos
seus limites da vida.
O
amor não se mede
pela
liberdade de se expor nas praças
e
bares, em empecilho.
É
claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas
se ama também de outra forma, incerta,
e
este o mistério:
-
ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido
é que o amor às vezes se liberta.
Affonso
Romano de Sant’Anna