Quero dançar!
É insuportável manter este meu corpo parado,
Por mais um minuto que seja.
Arde em mim uma chama desconhecida,
Uma alegria incalculável,
Uma fortuna, um desejo, um gosto, um mimo,
Tudo junto numa festa.
Quero dançar!
Nem mais um segundo de tristeza.
Posso parecer um louco, um bêbado, um desvairado,
Mas meu corpo clama pela liberdade,
Por um bailado, um frevo, um samba,
Por um simples toque ou batuque que seja.
Quero dançar!
Despir o meu corpo de qualquer pudor,
De qualquer regra,
Libertá-lo das amarras do medo,
Da sedentariedade, da poliomielite, da vergonha.
Incrivelmente livre, busco imitar movimentos,
Respirar, transigir, alcançar o inalcançável...
A vida... A morte!
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