No
Recife me perco e me inauguro
Pisando
acácias e éguas machucadas,
No
bolso o sol ferido, um sol maduro
Escorre,
úmido, e acende a madrugada.
Uma
árvore brota no meu peito impuro
Acalentando
a infância que, abismada,
Brinca
dentro de mim e dói no escuro
Sempre
por um menino acompanhada.
Nunca
a essa cidade fui perjuro
Nem
nunca a reneguei, talvez por isso
Ela
me planta e aninha entre os seus muros,
E
eu a carrego em mim, arrebatado,
Apodrecendo
nos mangues dos seus vícios
E
amando como se nunca houvesse amado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Apenas comentários inteligentes. Palavras chulas ou xingamentos serão deletados.