*Imagem daqui
Há poemas
Que se negam a nascer
Por inteiro.
Mostram-se apenas um bracinho,
Uma perninha,
Um sorriso.
Apenas o necessário para que nos apaixonemos.
Mas negam-se a nascer...
O motivo?
Sabe-se lá...
Travessuras, talvez.
Tenho vários desses quase rebentos.
Habitam as minhas gavetas,
Dentre os meus livros,
Em folhas amareladas
E pintadas com meus rabiscos,
A espera que amadureçam.
Mas é inútil.
São travessos.
Apenas pequenos poemas travessos.
(Itárcio Ferreira)
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