Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quinta-feira, 25 de maio de 2017

CANTIGA DO TOMARA, poema de Daniel Lima

 
As aves voam e as palavras.
Com o tempo, todos voamos.
Voo eu, tu voas, ele
voa. E nos dissipamos.

Vamos, vamos e vimos
choramos, rimos, sorrimos.
Sem saber porque nem como,
mal chegamos, e partimos.

Como? Por quê? Por onde?
E onde? E quando? E daí?
E o quê? E mais: com quê?
Para quê, se tudo é se?

Se tudo é se. Deus quisera,
talvez possa, vamos ver,
tomara, espero, vejamos,
acho que sim, pode ser;

se é tudo assim no palpite
na torcida, só com a cara,
sem saber porque nem como,
eu quero voar... Tomara!

Daniel Lima