Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Ó cidade poeira!, poema de Jomard Muniz de Britto


Ó cidade poeira, origem e meta 
da palavra POEMAÇÃO.
Prosa de todas as províncias do mundo.
De Paris e Argélia para Casa Forte sem Luzilá.
De New York para Aflitos renarcisados.
Da China para o Palácio do Campo das Princesas.
Mais ainda o pó da POETICIDADE.
O pó nosso de todo dia pelas ASAS DA AMÉRICA 
fervendo na poeira da frevocracia.
O pó também da freguesia do ó, aqui pra vocês... 
Pó não é mais nem menos do que a palavra dita 
maldita inaudita: pó. Possível. Impossível. 
Fatal e feliz dicção monossilábica.
Poesia no corpo a corpo 
do pó nosso de cada noite.
Desejos e assombrações a dor tecendo 
entre damas da madrugada 
o tigre de bengala Tomás Seixas
do Marco Zero adiante atormentando-se.

Jomard Muniz de Britto