e olha pelos cantos dos
olhos
a folha branca, ofuscante,
e o poeta sorve o seu
fetiche,
a folha, a folha branca,
virgem,
que nem Flaubert às
botinas de Bovary.
E o poeta busca o prazer,
busca gozar,
lançar o seu sêmen
sobre o branco da folha.
Ejacular
o esperma das palavras
num coito solitário
entre seus desejos, anseios
e tesão.
Amar,
o que
mais fazemos seja desamar .
Que falta
me faz, nesta madrugada ,
um corpo macio de mulher,
o sexo,
conhecer o segredo da
eternidade das estrelas,
um momento mágico,
me sentir feliz,
Deus?
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