Onde
a noite esquivou-se?
A
tristeza é meu cão guia.
O
amor, bebo-o em grandes goles com gelo.
A
alienação parece ser a pílula da felicidade.
Em
branco passo a compor a vida.
Desejos
retesados quais cordas de um violino.
Desejei-a
durante todo setembro, não a tive.
Outubro
seguiu o som dos mergulhos.
Não
sou nada.
Ocupo
apenas os espaços esquecidos.
Silêncio.
Ninguém
me ouve.
Reverbero-me
em conchas e cristais.
O
espaço é meu rádio.
O
tempo, tenho-o de sobra,
Mas não posso demovê-lo.
Mas não posso demovê-lo.
(Itárcio Ferreira)
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