Falar
baixinho,
Sempre,
Pois
é tão agradável aos ouvidos e a percepção.
Sorrir
que é mostrar a alma ao próximo.
Dar
bom dia,
O
que tem a força de mil vulcões.
Olhar
nos olhos e se ver no outro:
O
outro vendo-se em você.
Ceder
a vez,
Sempre
que necessário:
A
presa é inimiga da pressão.
Não
ter certezas,
Pois
são tantas as dúvidas
E
é tão grande o ego.
Ser
tolerante, uma utopia?
Sejamos
teimosos,
Tentemos
ao menos.
Respeitar
os idosos,
Que
são mais sábios que nós
E
o nosso reflexo daqui a instantes.
Indignar-se
com a injustiça,
Pois
a ganância de poucos a alimentam.
Odiar
as bombas que nada constroem.
Amar
as flores que enfeitam nossos olhos.
Acariciar
o cão
Com
a mesma intensidade com que eles nos acariciam.
Emocionar-se
com uma velha canção
Regressando
ao passado
E
tornando o presente dançante.
Compartilhar
os livros,
Pois
fechados os mesmos apodrecem
Qual
o alimento não consumido.
Escutar,
ouvir,
Que
são sinônimos de sabedoria.
Se
preciso, opinar, sem pressas, sem vaidade.
Não
reter conhecimentos qual um muquirana.
Amar,
até as últimas consequências, a paz,
Que
tudo constrói.
Evitar,
Até
a morte,
A
guerra,
Que
é sinônimos de mortes.
Plantar
e dividir o fruto com o próximo.
Regar
comunitariamente.
Colher
junto com outras mãos
E
assim formar uma corrente que liberta.
Soltar
os pássaros das gaiolas
E
vê-los bailar sob a liberdade.
Libertar
os animais dos circos e zoológicos,
Que
como nós odeiam as prisões.
Respeitar
as diferenças:
Sempre,
sempre e sempre.
Ser
uno, mas divisível.
Ser
paradoxal mas convergente.
Ouvir
Beethoven e Spock.
Amar
os gay e os não gays.
Ser
feminista
Indo
ao encontro afável de nossa metade mulher.
Ser
negro, índio, amarelo
E
buscar na miscigenação o orgulho de sermos iguais.
Ser
deficiente
E
na medida do possível cooperar com a sociedade.
Um
pedido pessoal:
Abrir
a porta dos banheiros aos cadeirantes:
Dos
bares, dos hotéis, dos motéis,
Afinal
também somos boêmios, viajantes e amantes.
Ler
que é viajar com o pensamento.
Inventar,
Sempre
buscando a excelência do servir
A
quanto mais gente melhor.
Viver,
Pois
não temos outra saída
E
as vezes é bem gozoso.
Dar
as costas as culpas e os pagamentos,
Excluindo
as cobranças das religiões e dos banqueiros.
Não
temer a morte
Que
é o caminho reto da vida.
Não
temer,
Principalmente,
A
plenitude da vida em acolhimento.
(Itárcio Ferreira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Apenas comentários inteligentes. Palavras chulas ou xingamentos serão deletados.