Dói a falta de tuas mãos,
a falta de tua voz,
como se um torturador ideológico
tirasse parte de mim
numa tortura
abstrata,
sem ferro, sem fogo, sem força física.
Tiraste a metade
do meu espírito.
Que
dor tão doída,
essa
dor do amor.
Vais para Mossoró
e levas
para aquela terra tão calma
metade de mim choroso.
E
minha outra metade
fica
em hemorragia.
Mossoró, já tenho raiva de teu nome,
queres roubar meu amor.
Sou mais a Sé, o Carmo, o Varadouro,
sou
mais ela
perto de mim.
Não me partas em dois,
ai,
essa dor!
(Itárcio Ferreira)
(Itárcio Ferreira)
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