Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

NO FINO DA FOSSA, poema de Vlado Lima



aberta a temporada de dor de cotovelo 
agulhas no bolachão do Jamelão 
no bolachão da Maysa 
no bolachão do Rei
vamos gritar Dolores Duran 

hoje a ordem é sangrar litros 
chorar baldes 
e expurgar o coração alquebrado em praça pública 

nada de água 
(os peixes mijam nela) 
vamos de vodka chinesa 
de whisky paraguaio  
Velho Barreiro e Álcool Zulu 
(cabernet é pra covarde)

talvez hoje eu dance com um demônio sob a luz do luar 
talvez hoje sono io l'ultimo romantico 
talvez hoje seja o fim do mundo 

mas amanhã 
eu 
tô bom

Vlado Lima

Este poema é parte integrante da Coletânea Sarau da Boa Vista
Vendas pelo FaceBook de Aldo Lins, poeta e coordenador da antologia