Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

terça-feira, 7 de abril de 2015

Estou farto do jurista copilador



Estou farto de uma justiça pré-estabelecida,
Da sentença bem “comportada”,
Da decisão copilada do compêndio de jurisprudências com variações
mil e palavras medidas para referendar o Sr. Desembargador.
Estou farto de entraves processuais que impedem uma decisão de
mérito e que poderia dizer as partes qual o direito.
Abaixo os juristas!
Todos os latinórios, sobretudo os aforismos impessoais.
Todas as expressões, sobretudo a práxis do não.
Todos os ritos, sobretudo os variáveis.
Estou fato do jurista copilador,
carreirista,
não crítico,
sincrético.
De toda justiça que bajula, adula, e não requer o que seja de interesse
da justiça.
De resto não é justiça.
Será solução matemática para pilhas de processos, cujas partes
ainda sonham com o ideal de justiça, sem modelos de decisões e as
mesmas para não contrariar os juízos superiores.
Quero antes a justiça dos ingênuos e indigentes.
A justiça dos convalescentes.
A dura (in)justiça regente aos convalescentes,
a justiça dos justos como de Dom Hélder Câmara
- Não quero saber de justiça que não seja libertação.

Denival Francisco da Silva

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