Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A ATRIZ, poema de Itárcio Ferreira



Para Maria Clara Spinelli 

Ao olhar o branco de tuas faces e sorrisos,
Transmuto-me em nuvens carregadas de elementos:
O ar, a água e a energia, filha da perfeita respiração,
Além da beleza, aos olhos sempre apreciada.

Ao descer dos montes, à terra, a terra vira poesia.
Mas bem que a visão, sempre influenciada por crenças, medos e fantasias,
Não é o melhor dos sentidos, 
Que a nós foram oferecidos pela natureza,
Para te perceber em profusão.

Andarilho, poeta, marginal, saltimbanco sem talento,
Busco achar uma janela aberta em teu flanco desguarnecido,
Saltá-la, para, tu desprevenidas, assaltar teus sentimentos.

Os segredos e tesouros mais valiosos,
Não precisam ser escondidos em cofres de ferro, que derretem,
Em baús de madeira, que apodrecem,
Em tumbas com maldições e venenos, mesmo assim sempre violadas,
Devem apenas ser deixados de lado, ao relento, e num sorriso disfarçados,
Por que a ganância, cega os olhos e a mente, do pior dos bandidos amaldiçoados.
Tua graça e beleza, sem parâmetros,
Estão guardadas no invisível mundo etéreo das essências
Onde mora tua alma, numa imensidão de desconhecidas e prazerosas emoções.

Entre alegorias esvoaçantes, amores, sonhos secretos e quereres, nem sempre percebidos,
Juntam-se alegremente pequenos t(r)emores, ao palco, à atriz, a fala, ao êxtase sempre procurado:
Criar o personagem perfeito, assim como do barro moldou, Deus, a Lilith e de uma de suas costelas, a Adão, o seu amado.


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