Publiquei este poema no livrinho "O Tédio e Outros Poemas", em 2000, de pequena tiragem. Não tinha decidido, ainda, se o publicaria na internet, onde um público bem maior teria acesso ao mesmo. Nele, destilo preconceito, por isso tinha medo. Mas, pensei melhor, e vi que seria bom jogar nossos preconceitos para fora, para a galera, os amigos, que, com certeza, nos advertirão e com esse exercício pode ser que surja uma cura.
Com as recentes notícias da tentativa de sequestro do grande estadista Evo Morales, a mando do terrorista OBAMA, seus cachorrinhos, Portugal, Espanha, França e Itália, prontamente abanaram os rabos e, vergonhosamente, passaram a desrespeitar toda uma cultura democrática que, ainda, mesmo que tênue, nos faz por respeitar os povos e os seus representantes legais.
Puto da vida com o autoritarismo estadunidense e a subserviência de uma Europa refém dos grandes bancos mundiais, dedico esta postagem ao meu grande ídolo EVO MORALES e a todo povo irmão da Bolívia.
(Itárcio Ferreira)
(Itárcio Ferreira)
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Que tua boca seja,
para mim,
taça.
Que tua saliva seja,
para mim,
álcool e ópio.
Que o teu ventre
me sirva de casa.
Que o teu útero traga-me a eternidade
através do filho que te depositarei.
Semente de índio e negro
(como detesto a minha herança branca europeia).
E eu, amada,
em troca
serei teu escravo,
teu objeto, tua espada.
Servir-te-ei, exclusivamente,
até a morte.
O teu prazer
será a minha busca eterna.
Em minhas mãos,
mesmo que já fracas pela velhice,
encontrarás as armas que te defenderão
por toda a eternidade.
(Itárcio Ferreira)
(Itárcio Ferreira)
Muito bom grande poeta, seu comentário antes da poesia está irretorqüível.
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