
O meu quarto são quatro paredes brancas
me refugio.
me refugio.
as inacabáveis batalhas pela vida.
enquanto a morte não vem.
Lembranças da infância cada vez mais nebulosas
e distantes.
A fumaça do cigarro do homem
nesta gravura na parede,
incomoda-me os pulmões .
Repetem-se os sons
como a repetição da vida,
nas tempestades de ânimos em que se afundam
meus navios.
Busco-me
- como busca o sol a trepadeira,
o suicídio , o aposentado –
nos meus livros empoeirados
como um mágico à fantasia de espelhos,
noites, beijos e bombas,
sons, cores e seres.
(Itárcio Ferreira)
(Itárcio Ferreira)