"Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação." (Mário Quintana)
Aos Mestres, com carinho!

Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
"Odeio tudo que vem dos Estados Unidos"
“Eu acredito em Chávez, eu sou chavista, eu cresci com muitas
mentiras por parte do imperialismo e odeio tudo que vem dos
Estados Unidos, odeio com todas as minhas forças”.
(Maradona)
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Maradona, poema de Mario Benedetti
Hoy tu tiempo es
real, nadie lo inventa.
Y aunque otros olviden tus festejos,
las noches sin amor quedaron lejos
y lejos el pesar que desalienta.
Tu edad de otras edades se alimenta,
no importa lo que digan los espejos,
tus ojos todavía no están viejos
y miran sin mirar más de la cuenta.
Tu esperanza ya sabe su tamaño
y es por eso que no habrá quién la destruya.
Ya no te sentirás sólo ni extraño.
Vida tuya tendrás, y muerte tuya.
Ha pasado otro año y otro año le has ganado a tus sombras
¡Aleluya!
Mario Benedetti
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Para refletir sobre animais (2)
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
UM CERTO SOL SOBRE SÃO PAULO, poema de Cida Pedrosa
para
maria josé oiticica
o sol se põe em são paulo
a brisa rasteira
rasteja meus pés
que se põem entre o azul
e o mostarda do sofá da tua sala
o sol se põe
sob os aviões da planície
e eu
pássaro aceso
espero
nesta casa de marias
que voam nas asas da panair
o sol se põe sob são paulo
e eu
pássaro sem saída
grito
teu nome de ateu
são paulo anda à margem
à margem de mim
à margem de ti
à margem de nós
são paulo anda à margem do mar
e o pôr do sol voa mais alto
que as luzes de neon
Cida Pedrosa
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Ode à vida, poema de Viviane Mosé
A partir de um dia qualquer Eu não estarei mais aqui Sob este sol de inverno Sob esta luz sedutora A tocar minha pele. A partir de um dia qualquer Eu não mais me moverei Por estes espaços Escondidos entre as coisas Por estes sutis abismos Para onde me guiei Por minhas próprias mãos. E não mais exultarei Não transbordarei Como de costume. Haverá o dia em que O gosto na boca do café E do poema não mais Encontrarão em mim Um corpo onde deitar. E o som das matas O vento nas folhas O rio correndo Meu filho dizendo mãe Não mais perpassarão Os meus ouvidos. As cidades, as pessoas O trânsito lento, as festas De rua, os banhos de mar Continuarão sem mim. Então que o meu rastro Em forma de culto e de reza Em forma de mantra e de música, seja o registro de um amor Incondicional Pela vida. Esta vida, contraditória Intensa e bela, A esta vida dedico O meu melhor, se houver. Viviane Mosé |
domingo, 15 de novembro de 2020
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
Sua bússola política
Esquerda / Direita Econômica: -8,25
Libertário Social / Autoritário: -8,36
terça-feira, 3 de novembro de 2020
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
terça-feira, 20 de outubro de 2020
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Para refletir (115)
Thomas Sankara
“Nossa revolução só
terá valor se, olhando para trás, para os lados e diante de nós, pudermos dizer
que os burquinenses são, graças a ela, um pouco mais felizes. Porque eles têm
água boa para beber, alimentação suficiente, uma saúde excelente, educação, casas
decentes, estão mais bem-vestidos, têm direito ao lazer, oportunidade de gozar
de mais liberdade, mais democracia, mais dignidade. […] A revolução é a
felicidade. Sem a felicidade não podemos falar de sucesso”.
(Thomas Sankara, revolucionário marxista e líder político de Burkina Faso).
domingo, 4 de outubro de 2020
Formas de abençoar, poema de Alberto da Cunha Melo
Fique aqui mesmo,
morra antes
de mim, mas não vá
para o mundo.
Repito: não vá para
o mundo,
que o mundo tem
gente, meu filho.
Por mais calado que
você
seja, será
crucificado.
Por mais sozinho
que você
seja, será
crucificado.
Há uma mentira por
aí
chamada infância,
você tem?
Mesmo sem a ter,
vai pagar
essa viagem que não
fez.
Grande, muito
grande é a força
desta noite que vem
de longe.
Somos treva, a vida
é apenas
puro lampejo do
carvão.
No início, todos o
perdoam,
esperando que você
cresça,
esperando que você
cresça
para nunca mais
perdoá-lo.
Alberto da Cunha Melo
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
"Só o gado mais tonto vota em seu próprio açougueiro", por Rudolf Herrmann
"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa." (MARX, K., Dezoito Brumário de Louis Bonaparte, 1852).
sábado, 5 de setembro de 2020
sábado, 29 de agosto de 2020
Meia noite meio poema, poema de Antônio de Pádua
Meia noite meio poema
A outra metade
Meta
Apenas amanhã
Quem sabe
Valha a pena
...
Manhã
De um dia propício
Eis aqui tudo isso
O início
.
A tarde corre
A ideia vai atrás
Foge
Pra nunca mais
Quem quiser se perder
Nunca é tarde demais
Quem dera
Ora quem dera
Fosse o leite
Mas agora
É o sangue
derramado
Que se chora
PÁDUA
Pádua é autor do livro de haikai “Menos, menos, menos”
sábado, 22 de agosto de 2020
ACORDO ORTOGRÁFICO, poema de Itárcio Ferreira
Plateia sem acento
É
fila para comprar ingresso para o cinema,
É
gente amontoada esperando o ônibus lotado,
É
multidão em comício.
Plateia
sem assento
Cansa.
Itárcio Ferreira
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
sábado, 15 de agosto de 2020
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
Fruta Estranha, poema de Lewis Allan
Árvores do Sul
Dão fruta estranha;
Folha ou raiz,
Em sangue se banha;
Corpo de negro
Balançando, lento;
Fruta pendendo
De um galho ao vento.
Cena pastoril
Do Sul celebrado;
A boca torta
E o olho inchado;
Cheiro de magnólia
Chega e passa;
De repente o odor
De carne em brasa.
Eis uma fruta
Pra que o vento sugue,
Pra que um corvo puxe,
Pra que a chuva enrugue,
Pra que o Sol resseque,
Pra que o chão degluta,
Eis uma estranha
E amarga fruta.
Lewis Allan
(Psedônimo de Abel Meeropol)
Versão Carlos Rennó
Sobre o autor ler aqui: Abel Meeropol, vale a pena.
sábado, 8 de agosto de 2020
Morre Dom Pedro Casaldáliga (1928 - 2020)
“Ser o que se é
Falar o que se crê
Crer no que se prega
Viver o que se proclama
Até as últimas consequências”.
Poemas e Livros de DOM PEDRO CASALDÁLIGA para baixar