"Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação." (Mário Quintana)
Aos Mestres, com carinho!

Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos
sábado, 28 de abril de 2018
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Saudade, poema de Da Costa e Silva
Saudade - olhar de minha mãe rezando
e o pranto
lento deslizando em fio.
Saudade amor da minha terra... o rio
cantiga de águas claras soluçando.
Noites de junho. O caboré com frio
ao luar sobre o arvoredo piando, piando
e a noite as folhas lívidas cantando
a saudade infeliz de um sol de estio.
Saudade - asa de dor do pensamento!
gemidos vãos de canaviais ao vento...
Ai, mortalhas de neve sobre a serra.
Saudade - o Parnaíba - velho monge
as barbas brancas alongando e ao longe
o mugido dos bois da minha terra.
Saudade amor da minha terra... o rio
cantiga de águas claras soluçando.
Noites de junho. O caboré com frio
ao luar sobre o arvoredo piando, piando
e a noite as folhas lívidas cantando
a saudade infeliz de um sol de estio.
Saudade - asa de dor do pensamento!
gemidos vãos de canaviais ao vento...
Ai, mortalhas de neve sobre a serra.
Saudade - o Parnaíba - velho monge
as barbas brancas alongando e ao longe
o mugido dos bois da minha terra.
Da Costa e Silva
sábado, 21 de abril de 2018
Eu vou morrer, poema de Carlos Maia
Eu
vou morrer
É o fim.
Já estou vomitando
O meu fígado
A morte tão esperada
Aparece como uma convidada
Que veio antes da hora
Sinto medo ao saber
Que tenho que atravessar a porta
Tenho fobia do desconhecido
Mas mesmo com os pés sangrando
Como Gregório Bezerra,
Eu vou
É o fim.
Já estou vomitando
O meu fígado
A morte tão esperada
Aparece como uma convidada
Que veio antes da hora
Sinto medo ao saber
Que tenho que atravessar a porta
Tenho fobia do desconhecido
Mas mesmo com os pés sangrando
Como Gregório Bezerra,
Eu vou
sexta-feira, 20 de abril de 2018
segunda-feira, 16 de abril de 2018
sábado, 14 de abril de 2018
quinta-feira, 12 de abril de 2018
domingo, 8 de abril de 2018
sábado, 7 de abril de 2018
quarta-feira, 4 de abril de 2018
HOMENS, poema de Maya Angelou
Observar por trás das cortinas
Homens que subiam e desciam a rua. Os homens da manguaça, os homens de idade.
Homens moços afiados feito mostarda.
Veja. Os homens estão sempre
Indo a algum lugar.
Sabiam que eu estava lá. Quinze
Anos e faminta por eles.
Sob minha janela, eles paravam,
Os ombros altos como os
Peitos de uma moça,
A cauda dos casacos batendo
Naqueles traseiros,
Homens.
Um dia eles te seguram nas
Palmas das mãos, gentis, como se você
Fosse o último ovo cru do mundo. Então
Te apertam. Só um pouco. O primeiro
Aperto é bom. Um abraço rápido.
Suave na sua fraqueza. Um pouco
Mais. A dor começa. Arranca um
Sorriso que contorna o medo. Quando o
Ar desaparece,
A mente estoura, explodindo com violência, breve,
Como a cabeça de um fósforo. Estilhaçada.
É o seu sumo
Que escorre pelas pernas deles. Mancha os sapatos.
Quando a terra se põe outra vez no lugar,
E o gosto tenta voltar à língua,
Seu corpo já se fechou. Para sempre.
Chave nenhuma existe.
Então a janela se cerra toda sobre
Sua mente. Lá, além
Do balanço das cortinas, os homens caminham.
Sabendo algo.
Indo a algum lugar.
Mas desta vez eu vou só
Ficar aqui e observar.
Talvez.
Homens que subiam e desciam a rua. Os homens da manguaça, os homens de idade.
Homens moços afiados feito mostarda.
Veja. Os homens estão sempre
Indo a algum lugar.
Sabiam que eu estava lá. Quinze
Anos e faminta por eles.
Sob minha janela, eles paravam,
Os ombros altos como os
Peitos de uma moça,
A cauda dos casacos batendo
Naqueles traseiros,
Homens.
Um dia eles te seguram nas
Palmas das mãos, gentis, como se você
Fosse o último ovo cru do mundo. Então
Te apertam. Só um pouco. O primeiro
Aperto é bom. Um abraço rápido.
Suave na sua fraqueza. Um pouco
Mais. A dor começa. Arranca um
Sorriso que contorna o medo. Quando o
Ar desaparece,
A mente estoura, explodindo com violência, breve,
Como a cabeça de um fósforo. Estilhaçada.
É o seu sumo
Que escorre pelas pernas deles. Mancha os sapatos.
Quando a terra se põe outra vez no lugar,
E o gosto tenta voltar à língua,
Seu corpo já se fechou. Para sempre.
Chave nenhuma existe.
Então a janela se cerra toda sobre
Sua mente. Lá, além
Do balanço das cortinas, os homens caminham.
Sabendo algo.
Indo a algum lugar.
Mas desta vez eu vou só
Ficar aqui e observar.
Talvez.
Maya Angelou
Tradução de Adriano Scandolara
Tradução de Adriano Scandolara
terça-feira, 3 de abril de 2018
BOMBONS SORTIDOS
Plínio Camillo
... e se a vida também fosse um chocolate?
Teria múltiplos gostos, com as circunstâncias da existência que as vezes se apresentam amargas, doces ou crocantes.
Esta coleção apresenta dez livros, dez volumes, com cinco contos cada. Em formato de barras de chocolate, as obras trazem uma leitura para descascar a alma humana. Tão deliciosamente gostosa como o cacau de cada chocolate desta.
As verdades, encantamentos e desilusões da vida são desveladas de maneira pura ou recheadas de misturas como castanhas, mel e pimenta.
Data: 07.04.2018 - Sábado
Horário: 16 às 20hs
Local: Espaço Kazuá- Rua Ana Cintra, 26 – Santa Cecília – São Paulo – Capital
Custo
Coleção com 10 volumes: R$200,00 (duzentos reais)
Cada Volume: R$25,00 (vinte e cinco reais)
Contatos:
Plínio Camillo - E-mails: pcamillo60@uol.com.br / contos.oficina@uol.com.br - Telefone: 11 996279640
Editora Kazuá - E-mail: contato@ediotrakazua.com.br - Telefone: 11 33372899
segunda-feira, 2 de abril de 2018
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