A Inquisição queimava livros.
Os
nazistas queimavam livros.
Nos
Estados Unidos, Trump pretende cancelar investimentos nas artes, além
de cortes em recursos para rádios e televisão.
"O
que é arte? Subsidiamos a produção de soja, mas,
pelo menos, se
pode dizer o que é um grão de soja". Disse
uma colunista do Washington
Post.
O
desgoverno golpista do Brasil acabou com Ministério da Cultura,
transformando-o em uma
Secretaria,
uma prova do descaso com a cultura.
Em
Pernambuco e em Recife a história se repete.
O
descaso da Prefeitura com o Teatro do Parque é uma grande prova do
que representa a cultura para o prefeito Geraldo Júlio e o governador Paulo Câmara, seu
aliado.
(Em tempo: não votei em nenhum dois nas últimas eleições.)
Enquanto
permitem a construção de prédios privados cada vez mais em espaços
públicos, vide o Cais Estelita, não têm interesse na reforma de um
templo da cultura.
Uma
troça de carnaval que critica a ambos teve suas fantasias
apreendidas pela Polícia Militar no sábado do Galo da Madrugada.
Apesar
de tudo O Sarau da Boa Vista sobrevive, e apaixona, e agora em março completa
quatro anos de existência e resistência.
O
responsável por essa proeza hercúlea é o poeta Aldo Lins,
paraibano, mas radicado em Recife há quase 25 anos.
Aldo
Lins, autor de “Alma de Vidro” e de “O Grito”, este último,
em breve, no prelo, luta diariamente para que o Sarau aconteça a
cada último sábado de cada mês.
A
cada dia, a cada semana que antecedem as edições do Sarau, Aldo,
como quem mata um leão a unha, busca patrocínio para que o evento
aconteça.
Diante
de tanta resistência, o Sarau da Boa Vista e seu idealizador e
produtor, Aldo Lins, estão de parabéns por esta grande vitória.
Sábado,
dia 25/03/2017, no Bar Maremoto, na Rua do Hospício, em frente ao
Teatro do Parque, comemoraremos o seu quarto aniversário,
quando serão homenageados a poeta Pollyanne
Carlos e o músico Cinval Cadena.
Esperamos
todos por lá, no Sarau da resistência.
Itárcio Ferreira