Aos Mestres, com carinho!

Aos Mestres, com carinho!
Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

terça-feira, 27 de agosto de 2019

FUNCIONÁRIO PÚBLICO, poema de Itárcio Ferreira



Exageradamente infeliz.
Prisioneiro.
Longe do sol e da vida,
aqui nesta sala onde ganho o meu pão
e minha vodca.
Onde perco minha felicidade, minha sanidade.
A burocracia vai me enlouquecendo.

Burocrata,
copio a cópia de relatórios técnicos
que mesmo copiado são revisados.
Relatórios técnicos
que nada tem a dizer,
a não ser: tédio, vaidade, futilidade.

A tristeza me invade como uma onda
onde afogo-me de corpo, alma e desespero.
Preciso do mar, preciso do sol, preciso sorrir.
Preciso da música e beber qualquer coisa que contenha álcool.
Libertar meus olhos da tela do computador,
o meu corpo da sala com ar-condicionado,
a minha alma da catraca do ponto,
fugir da monotonia, da monotonia, da monotonia…

Itárcio Ferreira

Para refletir (114)


"Aquilo que pode ser dito pode ser dito com clareza."

(Wittgenstein, filósofo austríaco, 1889/1951).

Ary Lobo - "Vendedor de caranguejo"

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Links: 30 dos 100 melhores contos da literatura universal




Via Homo Literatus
  1. Deriva – Horacio Quiroga
  2. Óleo de cão – Ambrose Bierce
  3. Diante da lei – Franz Kafka
  4. Bola de sebo – Guy de Mauppassant
  5. Casa tomada – Julio Cortázar
  6. Continuidade dos parques – Julio Cortázar
  7. Corações solitarios – Rubem Fonseca
  8. Diga que não me matem – Juan Rulfo
  9. O afogado mais bonito do mundo – Gabriel García Márquez
  10. O travesseiro de penas – Horacio Quiroga
  11. Um artista no trapézio – Franz Kafka
  12. O barril de Amontillado – Edgar Allan Poe
  13. O capote – Nikolai Gogol
  14. O coração delator – Edgar Allan Poe
  15. O aniversário da infanta – Oscar Wilde
  16. O escaravelho de Ouro – Edgar Allan Poe
  17. fantasma de Canterville – Oscar Wilde
  18. O gato preto – Edgar Allan Poe
  19. O gigante egoísta – Oscar Wilde
  20. O imortal – Jorge Luis Borges
  21. O presente dos reis magos – O. Henry
  22. Um som de trovão – Ray Bradbury
  23. Acender uma fogueira – Jack London
  24. A dama do cachorrinho – Anton Tchekhov 
  25. A última pergunta – Isaac Asimov
  26. Os assassinos – Ernest Hemingway
  27. Os mortos – James Joyce
  28. Os nove bilhões de nomes de deus – Arthur C. Clarke
  29. Missa do Galo – Machado de Assis
  30. Nenhum caminho para o paraíso – Charles Bukowski

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Para refletir (113)


Somos parte de um continente; se um simples pedaço de terra é levado pelo mar, a Europa inteira fica menor. A morte de cada ser humano me diminui, porque sou parte da humanidade. Portanto, não me perguntem por quem os sinos dobram: eles dobram por ti.”

(John Donne, poeta inglês, séc. XVI)

Silvio Cesar - "Pra Você"