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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Relembre 10 Filmes Brasileiros Premiados No Festival De Cannes



O sonho de todo cineasta brasileiro é ganhar os principais festivais no mundo e quem sabe um dia erguer a estatueta do Oscar. Mas enquanto isso não ocorre, vamos relembrar dos filme filmes brasileiros que participaram do Festival de Cannes e saíram dele premiados:


Divulgação 
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“O Cangaceiro” (1953)

Um dos produtos mais bem-sucedidos da Vera Cruz, o faroeste cangaceiro de Lima Barreto venceu o extinto prêmio de “melhor filme de aventura”. A escritora Rachel de Queiroz criou os diálogos que serviram de base para o roteiro de Barreto.


Reprodução 
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“O Pagador de Promessas” (1962)

Eis o curioso caso da única Palma de Ouro para o Brasil. Dirigido por um galã das chanchadas, Anselmo Duarte, o filme conquistou o festival, mas dividiu opiniões entre diretores do Cinema Novo e críticos. Era considerado um longa “datado” pelos detratores. Com dois astros do teatro no elenco, Leonardo Villar e Glória Menezes, recebeu indicação ao Oscar.


Reprodução 
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“Vidas Secas” (1963)

Ao lado de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, o filme de Nelson Pereira dos Santos representou um dos momentos mais significativos do cinema nacional no evento, em 1964. Adaptação do livro de Graciliano Ramos, ganhou o prêmio OCIC, honra eclesiástica conferida pela Igreja Católica.


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“O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969)

O matador de cangaceiros Antônio das Mortes retorna como protagonista na continuação de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964). Na terceira ida ao festival, o baiano Glauber Rocha levou seu prêmio mais importante: melhor diretor.


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“Di Cavalcanti” (1977)

Vencedor do prêmio do júri de melhor curta, o filme protagonizou um dos mais longos casos de censura artística no Brasil. Também intitulada “Di-Glauber”, a obra registra as filmagens de Glauber Rocha no velório e enterro do amigo pintor Di Cavalcanti, em 1976.

Filha adotiva do artista, Elizabeth considerou o trabalho uma falta de respeito e conseguiu proibi-lo. Anos mais tarde, o documentário foi disponibilizado na internet.


Reprodução 
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“Meow” (1982)

Anos antes de “O Menino e o Mundo” se tornar a primeira animação nacional indicada ao Oscar, o curta de Marcos Magalhães venceu o prêmio de melhor filme pelo júri de curtas em Cannes. Na história, um gato esfomeado é atormentado pela globalização.


Reprodução/Adoro Cinema 
Reprodução/Adoro Cinema


“Memórias do Cárcere” (1984)

Relatados em livro homônimo, os meses em que Graciliano Ramos esteve preso em Ilha Grande, durante a era Vargas, ganharam a escala de grande produção nas mãos de Nelson Pereira dos Santos. Com Carlos Vereza e Glória Pires no elenco, o longa abriu a Quinzena dos Realizadores e venceu o prêmio da crítica internacional.


Divulgação/HB Filmes 
Divulgação/HB Filmes


“O Beijo da Mulher Aranha” (1985)

Na seara das coproduções, o filme francês “Orfeu Negro” (1959) adaptou a peça de Vinicius de Moraes e levou a Palma de Ouro.

Décadas depois, o argentino radicado no Brasil Hector Babenco visitou Cannes pela primeira vez com este produto Embrafilme recheado de atores de Hollywood e brasileiros (Sônia Braga, José Lewgoy, Milton Gonçalves). William Hurt venceu o prêmio de melhor ator no festival e no Oscar.


Reprodução/Adoro Cinema 
Reprodução/Adoro Cinema


“Eu Sei que Vou Te Amar” (1986)

Então com 20 anos, Fernanda Torres cativou o júri e levou o prêmio de melhor atriz. Ela dividiu a honra com a alemã Barbara Sukowa, protagonista de “Rosa Luxemburgo”. Especialista em filmar histórias de amor, Arnaldo Jabor acompanha as DRs de um jovem casal recém-separado.


Videofilmes/Divulgação 
Videofilmes/Divulgação


“Linha de Passe” (2008)

Ao narrar a história de uma família pobre na periferia de São Paulo, os diretores Walter Salles e Daniela Thomas consagraram a performance da atriz Sandra Corveloni, eleita melhor intérprete feminina entre todos os filmes que competiam pela Palma de Ouro.

Os cineastas foram ao palco receber o prêmio em nome da vencedora, que estava grávida e havia perdido seu bebê de seis meses antes do festival. Detalhe: com carreira no teatro, Sandra era estreante no cinema.