No epicentro das ondas invisíveis
edifiquei mandalas
para os celtas
habitantes dos últimos
milênios
guelras de peixes e
barbatanas retas
Onde o mar arrastara
nossas redes
para morder-nos tênues
fios de espera
o fluir das espumas
retalhou
os tecidos da carne
contra as pedras
nos módulos lunares dissolvi
toda a sombra da
superfície líquida
seus cardumes de
tubarões-martelo
entre indormidos
teoremas míticos
arremessei ao lume
destes versos
nossa imagem virtual
de estranhos ritos
Terêsa Tenório