a Itérbio Homem
De Deus a mim,
nenhum segredo cabe:
Vivemos sempre a sós,
os dois, perenemente;
o pouco que aprendi
(da morte)
Deus o sabe.
O que meus dedos
tocam,
agora,
Deus o sente:
Silêncio algum separa
meu canto de seu canto
que o sol nos une e
abre
visão de outra visão.
A cor de minhas vestes
mudamos,
Deus o sabe:
A vida se consente
em Nós, presentemente,
e sendo a morte o fim
em minhas mãos não
cabe.
Audálio Alves