Ventura que iguala aos deuses,
Em meu
conceito desfruta
Quem junto de
ti sentada,
As doces falas
te escuta,
Goza teu mago
sorrir.
Quando imagino
em tal gosto
É minha alma
um labirinto;
Expira-me a
voz nos lábios;
Nas veias um
fogo sinto;
Sinto os
ouvidos zunir.
Gelado suor me
inunda;
O corpo se me
arrepia;
Fogem-me as
cores do rosto,
Como ao vir da
quadra fria
Entra a folha
a desmaiar.
Respiro a
custo, e já cuido
que se esvai a
doce vida!
Arrisquemo-nos
a tudo...
Contra uma
angustia sofrida
Tudo se deve
tentar.