Quando te vi,
não sei o que pensaram meus olhos.
Não que meus olhos tenham-te esquecido,
sequer alguma parte do teu corpo.
Sempre te vi, e sempre te desejei.
Que força me joga a ti?
E ao suicida do décimo sexto andar?
Quando te vi,
não sei se tive vontade de morrer
ou de te dar um beijo.
Um longo e molhado beijo,
daqueles que nunca te dei.
(Itárcio Ferreira)
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