Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sutilíssimo eterno


Sutilíssimo eterno que habita 
minhas saletas interiores 
onde trago o tempo guardado 
noturno e resignado 


sutilíssimo eterno interior 
que como um tálamo é 
em minha alma limpa e sofrida 
como água dormida em pedra 


que eterna seiva alimenta 
este tempo em mim retido 
plumagem livre de flor 
forma exata imperecível 


sinto-te assim como um trunfo 
branda coroa do eterno 
além das nuvens, das águas 
ouço o teu metal desperto 


se existes no ser completo 
na cinza móvel das sombras 
por que retiras de mim 
tudo o que em mim não é pântano?

César Leal

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