Que meu último poema,
depois de tanta vida vivida,
que é o mesmo que dizer:
depois de tanta vida sofrida,
fosse um poema dançante.
Um poema como um corpo
que bailasse livre
de amarras sociais
e da poliomielite.
Um poema com a cara da Isadora Duncan.
Um poema que saísse
alegre e louco
das páginas do livro
mal ouvisse o Lago dos Cisnes
de Tchaicovski
ou um frevo de Capiba.
(Itárcio Ferreira)
Cumpadi Itárcio, bom dia!
ResponderExcluirLeveza e densidade humanas parecem, neste poema, residir ad aeternum. Algumas vezes se assemelha a um voo rasante que pretende sorver o que jaz no cerne da Terra e com ele, num movimento inverso, emergir para um bailar nas nuvens que só os poetas conseguem fazê-lo.
Na minha boca não há mais palavras para este belo poema. O que se disse é quase pouco ou quase nada diante da pujança vital que emana de sua alma... Alma de poeta... O humano redivivo!
Parabéns!
Grande abraço e PAX ET BENE!
Cumpadi DiAfonso,
ResponderExcluirObrigado pelas palavras.
Um grande abraço,
Itárcio.