Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ÚLTIMO POEMA

(Isadora Duncan - 1877/1927)



Que meu último poema,
depois de tanta vida vivida,
que é o mesmo que dizer:
depois de tanta vida sofrida,
fosse um poema dançante.

Um poema como um corpo
que bailasse livre
de amarras sociais
e da poliomielite.
Um poema com a cara da Isadora Duncan.

Um poema que saísse
alegre e louco
das páginas do livro
mal ouvisse o Lago dos Cisnes
de Tchaicovski
ou um frevo de Capiba. 


(Itárcio Ferreira)

2 comentários:

  1. Cumpadi Itárcio, bom dia!

    Leveza e densidade humanas parecem, neste poema, residir ad aeternum. Algumas vezes se assemelha a um voo rasante que pretende sorver o que jaz no cerne da Terra e com ele, num movimento inverso, emergir para um bailar nas nuvens que só os poetas conseguem fazê-lo.

    Na minha boca não há mais palavras para este belo poema. O que se disse é quase pouco ou quase nada diante da pujança vital que emana de sua alma... Alma de poeta... O humano redivivo!

    Parabéns!

    Grande abraço e PAX ET BENE!

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  2. Cumpadi DiAfonso,

    Obrigado pelas palavras.

    Um grande abraço,

    Itárcio.

    ResponderExcluir

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